Por vezes a Lusa exagera e presta um mau serviço à informação objectiva e imparcial que a devia nortear. Esta manhã somos surpreendidos por títulos e textos como este”Polícia angolana dispersa manifestação contra a fome em Luanda com lançamento de gás lacrimogéneo.”
Acordámos hoje em Luanda e nada tínhamos visto.
Que manifestação era esta para merecer tamanho destaque da Lusa? Onde aconteceu? Que multidões foram dispersas?
A nós tudo tinha parecido calmo durante o fim-de-semana em que o ponto principal foi a comemoração dos namorados que encheu as hospedarias de Luanda.
Continuando a ler o texto da Lusa percebe-se que tem apenas declarações de uns supostos activistas, desconhecidos e patéticos, e que a tal manifestação não passou de um ajuntamento de 50 pessoas. A existência de gás lacrimógeneo e de qualquer repressão só estava na boca de um activista. Aparentemente, a Lusa não viu, não esteve lá. Limitou-se a amplificar a maluqucie de alguns.
Isto é uma palhaçada, mas a falta de deontologia da Lusa não devia ficar impune. Jornalistas não são activistas, jornalistas estrangeiros muito menos.