Durante muitos anos Higino Carneiro soube manhosamente capitalizar ou louros, da aniquilação da UNITA no Cuito Cuanavale, em França e Portugal era tido como herói que desfrutava a admiração dos próprios cubanos.
Da sua incursão no desporto, no Recreativo do Libolo, captou os louros de organizador do CAN, tendo mesmo entrado em conflito com José Eduardo dos Santos, que o tirou imediatamente do Ministério da Reconstrução, e recambiou-o da Mutamba para o Cuando Cubango.
Hoje prepara-se para tentar ser Presidente da República, empurrado pelo desespero dos que estão a contas com a justiça em consequência dos saques e roubos que proporcionaram fortunas colossais ilícitas. Para tal, tem já em marcha um leque de mecanismos em ação que, camufladamente ou mais às claras, vão-se movimentando na promoção do culto da personalidade. Uma grande agência de comunicação que promoveu a campanha de François Mitterrand, em França, cúmplices como o juiz Ferreira, o ex-colega Pitta Grós, Batista Tchindande, Yolanda Ruth, família Legot, e outros.
Diante da entrevista do Senhor Presidente do MPLA, João Manuel Gonçalves Lourenço, no dia de ontem, como sempre assertivo, preocupou-me uma pequena nuance: Por favor Senhor Presidente do MPLA, não dê a Higino Carneiro a oportunidade de se julgar vítima, esse é um capital político que ele é exímio em explorar, não faça de um alcoólico e noctívago assíduo de cabarets rascas da noite parisiense um ícone da vacuidade, mesmo com pés de barro.
Talvez seja proveitoso deixá-lo ir até mais à frente, vamos ver quem o acompanha, talvez compreendamos muito do que aconteceu e acontece na justiça do nosso País.