A diferença das diferenças

ByKuma

10 de Junho, 2025

Muitos dos que hoje menosprezam o valor da Independência Nacional, foram no tempo colonial os privilegiados que legitimaram o poder colonial, com todas as suas garras exploradoras.
A exploração física, o analfabetismo, todas as maleitas corporais, a própria degradação da família, encontravam o refúgio na “Cangonha” “Liamba”, e era escondida e o cansaço era ludibriado na bebida, vinho, “Cachipembe” e “Marufe”.

A Independência Nacional não só libertou a servidão voluntária, sobretudo libertou a Alma, essa dor profunda escondida para a qual não há prótese nem droga que alivia, e devolveu a ancestral identidade tolhida que bloqueou o direto de sermos nós mesmos.

Infelizmente ainda hoje sofremos em consequência da nossa libertação, erradamente transpusemos para a luta armada as divisões cimentadas pelos colonialistas, transferimo-las para uma guerra civil fratricida, e trouxemo-la até hoje esses antagonismos que se refletem numa postura política beligerante, que gera quem não deseja festejar o Cinquentenário da Independência Nacional. 

Até 2017 um grupo de cúmplices que encenaram diferenças para dividir o Povo, mas comiam do mesmo tacho, exploravam Angola até à medula, ficou órfão de uma mudança radical que privilegiou o País e os cidadãos, e devolveu a cidadania e a liberdade, na qual assenta a democracia que nunca conseguiram adaptar-se.

Ainda estamos ameaçados por aventureiros, pelos netos do colonialismo que perderem as mordomias, mas há a segurança ontem mesmo reafirmada pelo Senhor Presidente da República, que não vacila e destemidamente avisa que o Estado Democrático de Direito, jamais permitirá que alguém , mesmo aqueles que se julgam superiores, terão alternativa que não seja o escrupuloso respeito pelas regras da Democracia, e ela começa ou deve começar nos Partidos Políticos.