O Embuste dos Trapaceiros

ByKuma

31 de Janeiro, 2025

Há um ponto de partida claro, cristalino, a UNITA não quer eleições, o Galo Negro não quer autarquias, os impostores querem causas que não esvaziem a sua luta subversiva, a arma deles é o ruído, é o suspense, onde possam dissimular a sua existência até conseguirem a exaustão, daí o perene desgaste do Poder e das Instituições.

A partir do momento em que Isabel dos Santos, Tchizé dos Santos, Kopelipa, Nandô, Matrosse, Higino, Feijó, Pitta Grós, perfilaram-se na oposição a João Lourenço, couberam imediatamente na estratégia da UNITA, e as guerrinhas públicas do bacharel tirano psicopata ACJ “Betinho”, Abel Epalanga Chivukuvuku “oportunista”, são o entretenimento para ocupar o palco, para isso contam com os avençados Graça Campos, Rafael Marques, Vítor Hugo Mendes, Dembo Gangsta, e outros, para semearem a instabilidade a troco de um culto de personalidade que lhes permita algum ganho de credibilidade.

A UNITA que através de Lukamba “Miau” Gato, Eugénio Manuvakola, Kamalata Numa, e até mesmo Isaías Samakuva, assenta numa matriz Ovimbundu, onde predomina uma sociedade matriarcal, esse poder permanece, e todos eles são casados com mulheres familiares e comadres, cujo enraizamento fortaleceu-se na Jamba por imposição de Jonas Savimbi, que assim detinha o Poder através delas.

É nesta fixação tribal que está cravada uma crónica inadaptação à democracia, daí o sonho do tradicionalismo primitivo, também a fácil identificação com a rebeldia como o M23 na RDC, a irmandade com Venâncio Mondlane, e a geminação com Ana Gomes, o rosto da revolução permanente, ligada à UNITA através de Paula Roque.

O pânico que se instalou nas hostes desta brigada do reumático, que até Nunda se juntou, é que Mondlane falhou, o M23 tem África à perna, o Burquina Faso está isolado do mundo, a RCA deixou de ser um Estado, e a Guiné Bissau transformou-se num entreposto do narcotráfico, isto manchou a identidade desta seita que tem Angola como trampolim do saque e do enriquecimento ilícito.

Adalberto Costa Júnior, fala, fala, fala e cada vez se mostra mais ignorante, se pesquisasse ficaria a saber que o Caminho de Ferro de Benguela, mesmo no tempo colonial, era propriedade do Grupo Suez em partilha com a Societè Generale, que tinha a concessão até 1990. Se a UNITA não tivesse destruído, hoje pertenceria ao Estado de Angola, e hoje chama-se Corredor do Lobito porque o Projecto vai muito para além da ferrovia. Se este pateta ignorante não quer vender nada aos americanos nem europeus, porque são exploradores, desenvolveria o País como?

O que a UNITA roubou ao País, foram anos de uma guerra que tudo paralisou, nada se promoveu na transformação do produto, e é isso, ao que parece que o Galo Nergro está ansioso por repetir.

Vem aí uma onda de ataques ao Senhor Presidente da República, Trump, RDC, vão ser os brinquedos do entretenimento, vai ser sol de pouca dura, o tempo logo, logo, dará as respostas.

Oxalá João Lourenço continue indiferente ao eco deste ruído vazio, espero que não interrompa o seu silêncio tranquilamente vencedor.