FMI aplaude Governo

ByTribuna

16 de Junho, 2021

Depois de em janeiro, o Fundo Monetário Internacional (FMI) ter deixado claro que o desempenho do executivo angolano tinha sido muito positivo (ver: https://tribunadeangola.org/?p=4189), passados 6 meses voltamos a ter notícias encorajadoras desta organização, por intermédio do seu Conselho de Administração.

A quinta avaliação do Programa Económico de Angola vai permitir o desembolso imediato de mais 772 milhões de dólares para o país, perfazendo um total já desembolsado de USD 3,9 biliões. As metas globais deste programa aprovados em finais de 2018, visam restaurar a sustentabilidade externa e orçamental, melhorar a governação e diversificar a economia para promover um crescimento económico sustentável, liderado pelo setor privado. Aquando da terceira avaliação, o financiamento foi ampliado, com o intuito de atenuar impacto que a covid-19 estava a causar e assim, conseguir-se prosseguir nas reformas estruturais.

No comunicado final do FMI, desta avaliação, são apontadas as principais linhas estratégicas seguidas pelo país, relembrando que “a economia angola está em transição para uma recuperação gradual de múltiplos choques, incluindo aqueles induzidos pela pandemia de covid-19″. Além disso, o FMI sublinha que o governo tem procurado seguir políticas sólidas que têm como objetivo estabilizar a economia, criar oportunidades para o crescimento inclusivo e proteger os mais vulneráveis da sociedade angolana. A enfase é particularmente notória, quando a Vice-diretora do FMI, Antoinette Sayeh (na foto) afirmou que as autoridades angolanas continuam a “fortalecer as finanças públicas e dinâmicas de divida, alcançando um forte ajustamento fiscal em 2020 e estão no caminho de conseguir o mesmo em 2021 com aumento de gastos sociais e de saúde”.

Note-se que a questão petrolífera não foi esquecida. Angola ao poupar a maior parte das receitas extraordinárias do petróleo, ajuda a sustentar a planeada redução rápida das vulnerabilidades da dívida pública. Um enaltecimento também por Angola estar a conseguir negociar a Suspensão do Serviço da Dívida até ao final de dezembro deste ano. Em suma, nota bastante positiva para o Ministério das Finanças, principalmente nos quesitos poupança e rigor – contenção orçamental e sensata gestão da dívida pública.