O Fundo Monetário Internacional (FMI) deixou claro na última avaliação ao executivo Angolano, que o seu desempenho tem sido muito positivo.
Nesta quarta avaliação, o FMI analisou o desempenho de Angola até junho de 2020 e concluiu que das seis metas estabelecidas, cinco foram alcançadas.
Segundo o Secretário de Estado Angolano para o Tesouro Osvaldo João, o único objectivo que ficou por cumprir, diz respeito à acumulação dos atrasados externos, enaltecendo, todavia, o cumprimento muito positivo do défice fiscal não petrolífero, um dos principais suportes do programa do FMI, que visa alterar a trajectória do défice.
Este programa de assistência financeira aprovado, permite o desembolso de mais 487,5 milhões de dólares. Recordamos que este acordo foi aprovado em Dezembro de 2018 no montante de cerca de 3,7 milhões de dólares, para restaurar a sustentabilidade externa e fiscal, melhorar a governação, e diversificar a economia para promover um crescimento económico sustentável, tendo como principal protagonista o sector privado.
Quando tivemos a terceira revisão, o FMI estabeleceu um acordo com as autoridades de um aumento de 765 milhões de dólares, de forma a apoiar os esforços das autoridades para mitigar o impacto da covid-19 e sustentar a implementação da reforma estrutural. Um outro bom sinal da avaliação francamente crédula do FMI sobre o executivo, veio do próprio porta-voz da entidade, quando relatou à Lusa que Angola não precisaria de reestruturar a dívida este ano, salientando as poupanças que o país alcançou com o alívio da dívida e o acordo com a China.