Nigéria: maior economia Africana vai apostar em Angola

ByTribuna

22 de Janeiro, 2021

O Banco Access, um dos maiores bancos da Nigéria, tem em vista expandir o seu mercado para vários países africanos, entre os quais Angola, dando assim provimento a um novo clima comercial que se vive, com a entrada em vigor do Acordo de Livre Comércio em África.

O Access Bank, que em 2019 concretizou uma fusão com o Diamond Bank (banco esse que vinha enfrentando dificuldades desde 2016 para reforçar o seu capital após perdas com empréstimos), tem vindo a alargar a sua esfera de acção.  Planeia abrir escritórios e estabelecer acordos comerciais com bancos comerciais de outros países, aproveitando a rede institucional existente, já operando em 12 países africanos.

Herbert Wigwe, o Diretor Executivo do Grupo do Access Bank, durante uma entrevista recente à Bloomberg, reiterou o plano do Banco ser a porta de entrada da África para o mundo e expandir-se para 22 países nos próximos cinco anos. Os mercados de interesse africanos são Argélia, Egipto, Costa do Marfim, Senegal, Angola, Namíbia e Etiópia.

Wigwe associou a projeção de crescimento à solução de pagamentos inovadora do Banco, destacando que “o Banco Access está determinado em revolucionar o cenário bancário e de pagamentos em África. Em breve seria introduzido um novo sistema de pagamento que permitiria aos utilizadores desfrutar de um serviço seguro, consistente e prático ao fazer pagamentos em estabelecimentos comerciais sem dinheiro ou cartão”.

Dentro de dois anos, este banco pretende já ter consolidado a sua posição como porta de entrada de África para o mundo, com cerca de 100 milhões de clientes na Nigéria e mais de 20 milhões de clientes nas suas subsidiárias africanas. Começamos a vislumbrar os primeiros passos dados para que o acordo de livre comércio em África ganhe envergadura. Os seus principais objectivos visam aumentar o comércio interno entre os países africanos, baixando, ou eliminando as tarifas transfronteiriças. Além disso, pretende-se a agilização do movimento de pessoas e capital, promovendo o capital e abrir caminho para o estabelecimento de uma união aduaneira a nível continental.