O Presidente da República João Lourenço deu aval à construção, apetrechamento e fiscalização de mais três hospitais através do despacho presidencial 87/21. Estes hospitais vêm na sucessão de mais cinco que tinham sido autorizados desde finais de 2020. Os três hospitais que serão financiados por ajuste direto, ficarão localizados nas províncias de Benguela, Malanje e Lunda-Norte. A linha de financiamento contará com um apoio de 154 milhões de euros por parte do Banco Inglês Standard Chartered, tendo a cobertura da Agência de Seguro ao Crédito à Exportação Francesa.
São os seguintes hospitais abrangidos por este despacho:
– Hospital Geral da Catumbela (Benguela)
– Hospital Geral do Dundo (Lunda Norte)
– Hospital Geral de Malange (Malange)
Além disso, para além dos hospitais de campanha construídos no âmbito da covid-19, tivemos a construção de um hospital na província do Bengo, de um hospital pediátrico e outra unidade hospitalar (Bailundo) na província do Huambo, um hospital no Cunene e finalmente um Hospital Geral no Uíge, tudo isto orçado num valor aproximado de 337 milhões de euros.
Não se espere, no entanto, que estas províncias sejam as únicas beneficiadas com novas unidades de saúde. Naturalmente que Luanda também beneficiará – não nos podemos esquecer que a capital angolana é das cidades com maior crescimento populacional no continente africano. Exemplo disso é o novo sanatório de Luanda que está a ser construído no bairro Palanca. Este novo sanatório está orçado em cerca de 176,5 milhões de euros; vai contar com mais de 300 camas, destacando-se uma série de componentes tecnológicas, que o presente sanatório não dispõe, tais como serviços de ressonância, anatomia patológica, ambulatório com todas as valências de uma unidade docente, bloco operatório, com quatro salas, e cuidados intensivos. Destaque também para os 40 quartos previstos só para pacientes renais, com serviços de hemodiálise instalados. Porém, o grande primor deste novo hospital, cujo término está previsto para o final do ano, será o Centro de Simulação Médica que com esse e outros serviços, vai efetivar as tarefas de diagnosticar, tratar e reabilitar, para além de apostar na investigação científica e na formação de quadros.
Em Cabinda, refira-se a construção da infraestrutura hospitalar na localidade de Chibodo, que será o novo Hospital Geral de Cabinda. Esta estrutura hospitalar, cujas obras estão orçadas em mais de 165 milhões de dólares, vai apostar na formação nas várias áreas de saúde, e também na investigação das doenças tropicais mais prevalecentes no país. Está previsto que o hospital comece a funcionar nos últimos meses deste ano.