Num momento em que Isabel dos Santos volta a investir camufladamente em Portugal, nota-se uma insistência na agressividade teimosa contra Angola, sempre com a mesma narrativa, atingindo João Lourenço, responsabilizando-o por todos os males dos 50 anos da Independência Nacional.
Revelam-se estatísticas, fazem estudos sociológicos e económicos, repetidamente elaborados por quem não conhece nem nunca foi visitar Angola, são apenas trabalhos feitos em gabinetes generosamente pagos, sabendo-se de onde vêm os fundos para a servidão objectiva.
O espanto que hoje aqui quero desenvolver, refere-se a um estudo do ISCTE, publicado na primeira página do Observador. Não é caso isolado, pelo contrário, é um crescendo impune, com o objectivo único, atingir a dignidade pessoal e do Senhor Presidente da República de Angola.
E as contradições são absurdas, em qualquer país o facto de ter mais de metade da população jovem, é uma riqueza e perspetiva-se-lhes um futuro risonho, Angola é um País com juventude, nunca nos 50 anos de Independência teve tantos quadros qualificados, e tem uma rede de ensino em crescendo, mas para a inteligência que não é artificial, que ocupou espaço no Observador, este desiderato vai ser causa de rebelião, quando todos os índices locais independentes concluem o contrário no terreno.
As insinuações e intrigas que se multiplicam a partir de Portugal, já cansaram e desvalorizaram-se, criam até um sentimento nalguns núcleos estudantis antiportuguês, é constante a desvalorização do seu esforço e das suas competências, hoje também sabemos dos milhares de estudantes lusos, que em busca de valorização estão em universidades inglesas, francesas, e americanas.
Tentar através de uma análise neste contexto, com resultados tão catastróficos, é um tiro no escuro, é uma servidão ignóbil de quem não conhece a realidade de Angola.
Mas, enquanto cidadão angolano, sinto-me indignado com a cumplicidade das autoridades portuguesas, Portugal é abrigo de uma bolha que confunde liberdade com libertinagem, e o episódio da expulsão da RTP da Cidade Alta é consequência da perene deturpação da realidade angolana.