A Política é a arte e a responsabilidade geracional, que recebe e deixa uma herança como fiéis depositários de um presente que urge preservar, acrescentar e transferir com responsabilidade essa ideia coletiva aos vindouros.
Em 50 anos de Independência coube ao MPLA, em circunstâncias várias, governar o País, efetivamente nem sempre bem, fez, mas não fez tudo, mas a Oposição que deveria ser civilizadamente uma alternativa, obstruiu, destruiu, e tem colada a ela, historicamente, o peso de uma luta fratricida pelo Poder, com a agravante de basear-se numa etnia e dentro dela uma monarquia déspota familiar.
A UNITA liderada pelo tirano megalómano psicopata fundamentalista ACJ “Betinho”, imperador com pés de barro apoiado com concêntricos de diversas magnitudes, surge com ruído enganador numa frente terrorista, agora publicamente proclamada, por palavras e atos como o abandono do Parlamento, beneficiando de uma benevolência do Estado Democrático de Direito, que tolerou tudo até ao desafio da Ordem Pública como está agora implementado declarando guerra ao Governo e aos Tribunais.
Esta postura extrema assenta numa estratégia meticulosamente pensada, as tarefas estão estabelecidas, há nelas maldade e entretenimento. Ironia e falta de vergonha mostram a cegueira dos abutres, usam as mordomias dos cargos aceites em democracia, casas, viaturas, negócios, imunidades, para combaterem a mesma democracia que dizem não existir, isto é banditismo que nada tem a ver com política, mas com terrorismo declarado.
Mas creio que chegou a hora da mudança, Angola não pode ficar atrofiada pelo medo, temos um Ministério Público com autoridade para clarificar a situação, e temos uma Maioria Parlamentar que, vergonhosamente, não reage na Assembleia Nacional, interpelando diretamente a Oposição, e promovendo uma Moção de apoio ao Governo e ao Senhor Presidente da República.
Os senhores deputados, como signatários do Povo, devem ter a percepção do exercício da democracia, e democraticamente agir em conformidade, sobretudo quando o MPLA tem a Presidência do Parlamento.
Mais, chegou a hora do MPLA promover um grande comício em defesa da estabilidade no País e em defesa das instituições do Governo, da Justiça e das Forças Armadas. A Maioria Parlamentar deve exigir da UNITA em sede própria, se é parceira da FLEC pela independência de Cabinda, e se está com todos os ativistas clandestinos que no papel de terroristas conscientes, por isso foragidos, e colados em aparente obediência ao tirano megalómano psicopata fundamentalista ACJ “Betinho”.
O desespero evidente nos papagaios ruidosos, revelam verdadeiros nefelibatas néscios, alguns a rondar a boçalidade, garimpando nos vocabulários palavras embrulhadas por atacado, que revelam tremendas contradições, são hilariantes algumas expressões ditas com pompa que em qualquer escola seriam campeões da ignorância.
Nesta herança perpétua coletiva, de receber dos passados e deixar para os futuros, João Lourenço começa a ter uma responsabilidade acrescida, este aventureirismo factual, obriga o Senhor Presidente da República a pensar numa Angola para todos para lá de 2027.