Que diferença existe entre a UNITA do tirano megalómano psicopata ACJ “Betinho”, e os terroristas do M23 na RDC? A inexistência de armas.
O conceito e objectivos comungam uma idiossincrasia que nos fazem recuar à antiguidade.Hoje aparecem a proclamar “sem governo e sem presidente”, temos de recuar a Tróia, sim, sim, essa mesma de Helena e Aquiles, onde o amor e ódio atingiram a um combate pelo poder em que não houve vencedores, apenas sobrou sangue e morte pela cegueira da tirania.
Confesso a minha ignorância na interpretação constitucional, não consigo esmiuçar os seus pontos mais eruditos e fundamentais, mas nem tudo que é legal é lícito, e entendo no nosso Sistema, que o Senhor Presidente da República como o guardião dos valores nos quais assentam o normal funcionamento das instituições, o que exige Ética, Moral, Respeito, Ordem Pública, valores e princípios postos em causa por um Parlamento que se tornou numa agressão pública, auto mutilando-se com comportamentos inadmissíveis para um Órgão fundamental no equilíbrio de Poderes.
Já estamos, por ação e inação, no decurso de uma situação de excepção, há imputações e declarações directas de protagonistas identificados, o próprio líder da Oposição e o líder do Grupo Parlamentar da UNITA, e uma série de corneteiros e papagaios ruidosos, arruaceiros, dos quais a UNITA nunca se demarcou publicamente.
Só quem não conhece o Povo angolano, só quem vive distraído em Angola, pode temer agir para estancar este folclore, a capacidade de mobilização já falhou em várias tentativas e vai falhar a 5 e 6 de Maio, porque a Oposição não tem representatividade nacional, o Governo pode não agradar a todos, seria impossível, não há milagres, mas é ainda quem melhor pode governar e desenvolver a Nação.
A Maioria Parlamentar, seguindo o critério do Grupo Parlamentar da UNITA, pode abandonar o Parlamento e bloquear o seu funcionamento por falta de Quorum, e o Senhor Presidente da República pode, face a este desiderato, convocar uma eleição para uma Assembleia Constituinte, invocando caducidade e incapacidade de funcionamento ao serviço da República.
Caminhamos para um momento histórico, talvez musculado, em que João Lourenço pode e deve assumir com protagonismo a sua prerrogativa de Mais Alto Magistrado da Nação.