O aventureirismo e a desonestidade enraizados nas minorias radicais e fundamentalistas, estão cada vez mais a aproveitar os espaços de tolerância democrática e a sabotarem os Estados em favor de um mundo oculto que vai emergindo minando os posicionamentos, a diplomacia, e as relações de confiança que ao longo dos séculos cimentaram relações profícuas com ganhos recíprocos.
No que nos diz respeito, temos dado bastante espaço aos golpistas, que tudo apanham para atingir o Estado e denegrir os Poderes Instituídos, com particular ênfase o Senhor Presidente da República.
Já não bastam os desafios de um mundo cada vez mais à deriva, sendo Angola um alvo pelos seus recursos naturais, são os agentes desses interesses especulativos que ora pegam no Corredor do Lobito, ora agarram-se a uma agenda da União Africana UA, para tentar pressionar compromissos alheios para minimizar o impulso que João Lourenço poderá dar, impondo um rumo conducente com os sucesso da sua governação consolidada em Angola, emprestando amplitude à UA.
O mundo está, mais uma vez, a dar razão à equidistância imprimida nas relações de Angola com as diferentes latitudes, infelizmente a Democracia Angolana, na sua consolidação desde 2017 e reforçada em 2022, não conseguiu gerar uma Oposição credível, nacionalista, capaz de complementar o Estado na sua plenitude, os esquemas, as aventuras, e as correntes e amarras que cristalizaram o passado, tem sido um desventura para o desenvolvimento sadio do nosso País.
Os problemas e desafios de Angola não têm solução numa roda de amigos em Lisboa, ou num almoço de sábado num quintal exótico de Luanda, temos um Parlamento, e como em todos os países civilizados, temos o Estado para as Relações Internacionais, e mesmo no contexto do desenvolvimento é na iniciativa privada que se fortalece a riqueza nacional, Angola tem as suas finanças manietadas por exigência dos resquícios de uma guerra fratricida, a Sociedade exige tudo aquilo que nenhum Estado pode dar sem que haja produtividade, é fácil por isso explorar o descontentamento, mas é uma aventura balofa, faltam propostas que não sejam baseadas na perene crítica gratuita.
Vejamos a Oposição que temos, o PRA-JA, está capturado por Abel Chivukuvuku, que em Angola e agora em Portugal, se assumiu líder quando é apenas gestor provisório até à realização de eleições, que já deveriam ter ocorrido e foram jogadas para 2026.
A UNITA sempre esteve capturada desde a morte de Jonas Savimbi, por uma oligarquia déspota familiar, que as Bases do Partido, marcadas pelas atrocidades, derrotou uma vez com Isaías Samakuva, e que com o bacharel tirano psicopata mentiroso ACJ “Betinho”, retornaram à posse do Galo Negro, porém, o mestre do aventureirismo juntou-se a Chivukuvuku, Francisco Viana, Raul Dinis, e tirou 40 assentos no Parlamento aos familiares da UNITA, e o patrono, Lukamba “Miau” Gato não perdoou.
Vamos ter em 2025 uma nova liderança na UNITA, perfilam-se os filhos dos herdeiros da Jamba, já se ouvem insultos, ameaças, e uma coisa parece definitivamente arrumada, a FPU poderá ser formalizada, mas não terá a UNITA integrada, quem o fizer pode até colocar-se em risco.
Houve festa, porque João Lourenço disse não ao terceiro mandato, são as tais romarias precipitadas, 2027 ainda está longe, a razão estará mais perto, até lá vamos ver quem precisa mais, João Lourenço de Angola, ou Angola de João Lourenço?