Os Estados Unidos suspenderam a ajuda a África através da USAID (não, não estamos a falar do Corredor do Lobito que não é uma ajuda, mas sim um investimento).
Não se sabe, nem se quer saber para onde vai Trump. Provavelmente, nem ele sabe. Na realidade, não interessa.
Trump é uma benesse para África, vai permitir, exigir, que o continente tome nas mãos o seu futuro, sem estar dependente de vontades externas, ou ser obrigado a alinhamentos.
Este é o tempo da diplomacia de oportunidades, em que João Lourenço se tornou mestre.
A diplomacia das oportunidades é uma abordagem estratégica na diplomacia que visa identificar e aproveitar oportunidades para promover os interesses nacionais. Essa prática geralmente envolve a criação de pontes com vários países, organizações e culturas, explorando áreas de cooperação mútua. Implica o uso de momentos históricos, eventos globais ou avanços tecnológicos como catalisadores para fortalecer relações diplomáticas e obter benefícios compartilhados. É uma forma proactiva de diplomacia, frequentemente associada a flexibilidade, criatividade e visão de longo prazo.
Não há aliados eternos, apenas interesses nacionais que vão aproveitando as oportunidades emergentes. É esta a formulação que João Lourenço introduziu em Angola, e irá introduzir na União Africana. O tempo é propício.