A desesperança

ByKuma

22 de Fevereiro, 2025

Não se pode dar uma nesga de oxigénio que a Bolha Colorida reage imediatamente, deturpando invertendo a realidade para lançar o veneno que não se esgota na marcha louca para o abismo.

A orquestração no Cuanza Norte foi minuciosamente elaborada, estavam lá os avençados prontos a disseminar a inventona, até o homem da DW África, que não se cansa de lançar atoardas subversivas, que invariavelmente são contra o Estado de Angola.

Até a humildade da Ministra das Finanças, Vera Daves, que veio publicamente pedir desculpas pelos acontecimentos gravosos sob sua tutela, foi motivo para inversão de interpretação, e como sempre, vieram com a doentia exigência da demissão, apenas para infringir mais acusações a João Lourenço.

Já nem vou mais realçar a parcialidade do Bastonário, que só felicitou a tomada de posse da juíza indicada pela UNITA, isto só mostra o longo caminho que falta percorrer para que tenha vida plena a Nova República.

A meu ver está faltar atitude aos senhores ministros e secretários de Estado, deveriam estar mais perto dos cidadãos, não podem ser mais um peso morto similar aos da maioria dos deputados, é preciso viajar pelas províncias, dialogar, diluir o peso da responsabilidade que recai no Senhor Presidente da República, sobretudo agora, que já é notório o emergir da União Africana, porque João Lourenço é o interlocutor que África não teve até agora, e o País só irá colher dividendos com esta nova agenda africana.

Vamos todos ter proximamente muitas novidades nas redes digitais, só na Europa vão existir 10 centros de controlo que vão empregar 120.000 pessoas, Angola é um País privilegiado por ter cabo submarino que liga a Portugal e Estados Unidos, por onde navegam 90% dos conteúdos, Angola será futuramente a base africana, estes centros são altos consumidores de energia e 90%  é gasta só no arrefecimento, só no nosso País há excedente de energia segura e estável para tamanho investimento.

Estes palcos decisórios não se conquistam com forças de bloqueio que se alimentam de instabilidade, o momento é crucial para Pactos de Regime, concertação do Sistema, mas é necessário que hajam interlocutores legitimados por uma identidade credível, que em Angola como no estrangeiro, infelizmente, Angola não tem.

Posto isto, e para que mais uma vez não percamos o comboio do futuro, urge entrar numa democracia musculada e traçar linhas vermelhas, ou senão, a seu tempo colocar o Povo e decidir.

Angola está sem Oposição, pior, está a alimentar forças arruaceiras, sem identidade, sem alternativa, aglomerando-se numa Bolha Colorida que tudo faz para regressar ao passado.