África não pode transformar-se num joguete de interesses na busca de uma Nova Ordem Mundial, há fragilidades que têm de ser superadas, e há situações que exigem um murro na mesa diplomática.
João Lourenço poderá dar à liderança da União Africana o impulso pragmático que emprestou na governação angolana, para que haja mais respeito por África para que não seja perenemente tida como filha de um Deus menor.
Há hoje em todo lado instabilidade institucional, as autoridades a colidir com os políticos que vão cedendo às conveniências, só assim se entende que a partir do espaço da União Europeu, incompreensivelmente transitem livremente agitadores como Venâncio Mondlane, Dembo Gangsta, e outros, controlados pelos Serviços de Inteligência, perante a passividade das autoridades governativas, cedendo a interesses especulativos económicos e financeiros.
Infelizmente temos, nós em Angola, quem tudo faça pelo regresso ao passado, não entendem o pragmatismo presidencial, temos o exemplo da nossa política Espacial, ela não é causadora de pobreza, é com certeza uma garantia de futuro, África é dependente em 99% das comunicações digitais e televisão, dezenas de satélites na nossa Órbita são das grandes potências, Angola entrou no clube restrito dos únicos 5 países que têm um satélite no espaço.
Há um caminho a percorrer pela via diplomática, derrubar máscaras, desmascarar tibiezas, entristece-nos assistir Abel Epalanga Chivukuvuku a prestar contas a um Gangsta por ter assumido disponibilidade de formar governo com o MPLA. O oportunista reconhecido ficou com medo e veio afirmar que nunca com este MPLA. Com que MPLA? Com o do amigo Nandô? Quererá este MPLA dialogar com “vai a todas” Chivukuvuku?
Não brinquemos com o bem precioso que conquistamos, a Paz, a estabilidade, acreditar que melhores dias virão.
Hoje mesmo recebi a visita do meu irmão mais novo, Chambassuku, com quem partilhei quarto em 1974, então um jovem órfão protegido de Jonas Savimbi e do então capitão Cussya, falamos do Muzuri, está no Bié, e recordamos os tempos difíceis no Cuanza Sul. Savimbi enviou-o para França, formou-se em engenharia civil, integrou-se, está a construir a centralidade em Cabinda. Não estamos de acordo em tudo, ambos sabemos que da nossa UNITA já nada resta, mas respeitamo-nos e somos amigos.
É isso, Angola tem de ser importante para todos nós, o futuro jamais se construirá sem África, Angola está nos olhos do mundo, só unidos e à volta do Presidente da República não deixaremos que nos explorem, e é João Lourenço quem em democracia, livremente, os angolanos quiseram.