Os advogados do banjo

ByTribuna

22 de Novembro, 2022

Sempre que em Angola há algum movimento contra um dos antigos marimbondos, soam os banjos dos advogados, apresentando-se não como defensores- o que seria normal- mas como imparciais juristas, o que é uma vigarice.

Estes advogados tocam banjo mas não percebem nada de leis e tentam enganar as pessoas. Deviam dizer ao que vêm. E o que vêm é defender Isabel dos Santos e outros. Defendam à vontade, mas assumam as suas camisolas, não surjam como objectivos, quando o objectivo é o dinheiro no bolso.

Um vem dizer que não faz sentido emitir um mandado quando está em discussão uma lei da amnistia. Parvoíce maior não há. Uma coisa nada tem a ver com a outra. A lei da amnistia nem sequer abrange a maioria dos crimes apontados a Isabel dos Santos, portanto, não se aplicará. E mesmo que se aplicasse, primeiro teria sempre de haver um procedimento formal. Este advogado tocou banjo mas não pensou.

Outro advogado desenvolve uma teoria estranha segundo a qual Isabel podia ser ouvida no estrangeiro. Podia mas não quis. Se não quis a responsabilidade de ter o mandado é só dela e de mais ninguém. A PGR até tardou.

Não há um único argumento válido contra o mandado de Isabel. O único real é que já está atrasado. O resto é conversa para enganar.

Os advogados que tentam baralhar deviam assumir o que são: advogados de defesa de Isabel dos Santos. É melhor que tudo seja feito às claras e não se tente manipular a opinião pública.