A próxima aposta da Apple é ler a sua mente

ByTribuna

18 de Junho, 2025

Steve Jobs e companhia revolucionaram o telefone com o touchscreen em 2007. Quase 20 anos depois, a Apple parece já estar a mirar qual vai ser a próxima grande mudança dos telefones — depois da IA.

A BIG TECH está a trabalhar com a startup Synchron no desenvolvimento de uma tecnologia de interface cérebro-computador (BCI), que pode permitir que os dispositivos da empresa sejam controlados com o poder da mente, à la Yoda.

A ideia é permitir que os utilizadores interajam com seus dispositivos Apple, como iPhones e iPads, só com atividade cerebral. Literalmente, pensar e não precisar clicar.

A parceria marca a entrada da Apple num setor promissor — e delicado — dominado até agora pela Neuralink, de Elon Musk.

O objectivo é criar padrões para que qualquer app possa ser controlada com a mente, contribuindo, também, para que milhões de pessoas com mobilidade reduzida possam usar celulares de forma autónoma.

A tecnologia usa um implante semelhante a um stent, que vai até ao córtex motor do cérebro. O dispositivo já foi permitido para ser utilizado para testes em humanos nos EUA e funciona com sinais cerebrais que são traduzidos em comandos digitais.

A previsão para o mercado de BCIs é de crescimento acelerado: Mais de 9% ao ano até 2030. A Apple ainda não confirmou data de lançamento, mas já deixou claro que quer abrir o protocolo para desenvolvedores — ou seja, facilitar a criação de apps que funcionem nessa função.