Pobreza Essencial

ByKuma

7 de Junho, 2025

Fomos nós na Tribuna de Angola, de imediato, quem primeiro reagiu às mentiras de Eugénio Manuvakola, que sem vergonha quis assumir-se como um revolucionário quando em 1975, aderiu à UNITA como básico. Meteu os pés pelas mãos, e lançou responsabilidades perniciosas para Daniel Chipenda, numa fase em que a Revolta de Leste estava já desativada em consequência de um cancro diagnosticado a Chipenda.

Mas também Sérgio Raimundo não quis ficar atrás, basta ver que o dito advogado em 1975 tinha 11 anos de idade. Repito, o Batalhão Búfalo, sul-africano, treinado pelo tenente-coronel Santos e Castro, último governador português no Cuanza Norte, entrou em Angola em apoio da UNITA, e foram eles que chegaram a Kifangondo.

Historicamente a Guerra Civil em Angola iniciou-se no 1º de Maio de 1975, ainda sob administração portuguesa. Foi a partir desta data que entraram em Angola, também, a tropa cubana.

Quanto às forças do Katanga, de Moisés Tchombé, assassinado em Argel, estacionadas no Moxico, foram contratadas pelos portugueses para se integrarem nas FAPLA, tendo para o efeito sido pagos 5.000 contos, uma casa e uma viatura para o comandante, negócio realizado e pago pelo Major Pezarat Correia do MFA.

Quanto aos combates no Balombo, Monte Belo e Bocoio, eu mesmo coloquei dinamite na Ponte das Cachoeiras, recuando num confronto com as tropas de Iko Carreira. Os grandes combates onde infelizmente morreu muita gente, foram na Canjala, e a grande batalha foi no Ebo e Mussende.

Caros leitores, eu tenho documentos desta época, dediquei uma parte da minha vida a estudar esta época de Angola, perdi muitas horas na Torre do Tombo, tenho uma coleção de 1.500 fotos daquele tempo, estive sitiado no Posto Emissor instalado ainda hoje no Morro do Sombe, no Bocoio.

Mas é com tristeza que constato a falência da Oposição em Angola, temos um rol de políticos vulneráveis pela sua iniquidade, influenciados por uns avençados que, ser argumentos políticos, foram buscar as viagens do Senhor Presidente da República, para conversas de escárnio e maldizer. 

Foi pena João Lourenço não ter viajado mais, o mundo hoje vive intensamente uma diplomacia económica, Angola entrou nas contas globais pela conquista de espaço que confere dignidade à cidadania, os resultados não são imediatos, mas há um surto de desenvolvimento que só os cegos que não querem ver não enxergam.

Angola não é uma quinta, critica-se porque o presidente foi ao Moxico, ao Cunene, afinal que tipo de governantes querem estes imbecis? 

Não são todos iguais, nota-se discernimento na juventude, debitam uma noção de democracia e urbanidade, mas Graça Campos vomita ódio a João Lourenço, é pena porque acaba por comprometer o programa, é claramente o idiota útil a fazer figura de pateta.

Mas é irritante a falta de argumentos, João Lourenço não precisa mais do que silêncio, do tempo emergirá a razão, à tona virá a obra, e os saudosismos, aventureirismos, seguirão para o abismo onde estão sepultadas todas as utopias.