Os truques da sobrevivência

ByKuma

5 de Março, 2025

Pareceu estranha a antecipação da campanha eleitoral por parte da oposição, analistas afinaram a curiosidade na perspectiva de surgirem algumas propostas construtivas, mas os sinais, quer em Lisboa, Paris ou nas províncias, rapidamente defraudaram as remotas expectativas, as narrativas continuam assentes nas banalidades e delas ressaltam os mesmos propósitos, o derrube do Poder através da mobilização popular.

Se a triste realidade já nos demonstrou repetidamente que temos uma oposição prisioneira do passado, que colide com a repulsa dos cidadãos, é desolador verificar que continuam, também, alheados do mundo, e sem noção básica do funcionamento do Estado. 

Não há um contributo para a inovação, não se vislumbra um incentivo à produtividade, e espelham uma completa abstração das obrigações do Estado, a suas obrigações e limitações no contexto das Nações, e explorando demagogicamente junto do Povo, uma capacidade ilimitada, cabendo a realização de tudo à vontade dos governantes.

Há compromissos do passado que consomem uma fatia significativa do Orçamento, e não são apenas o serviço da dívida que João Lourenço já reduziu drasticamente, o subsídio aos combustíveis, os preços reduzidos das telecomunicações, os antigos combatentes, a despesa supérflua com mordomias adquiridas que suportam um parque automóvel digno de qualquer país capitalista e desenvolvido, e outras despesas silenciosas da tal herança que a Bolha Colorida tentam esquecer com o perene carnaval.

Ainda não se ouviu no Parlamento uma palavra sobre o Terminal Marítimo do Dande, uma infraestrutura colossal para as necessidades do País, falam do Corredor do Lobito quando é para denegrir,mas é pela Ferrovia de Moçâmedes, via vital, onde se vai escoando o produto angolano, e as ligações aéreas províncias que a TAAG expandiu.     

Na Assembleia Nacional não se ouviu até agora, uma palavra de apoio ao Senhor Presidente da República pela sua liderança da União Africana, ninguém escutou o eco de uma preocupação pela crise na RDC, mas souberam berrar sobre os cortes de Trump nos fundos para África como se de uma culpa de João Lourenço se tratasse, são os abutres esfomeados porque cada vez têm menos alimento porque há, uma Nação que se movimenta na esperança de um amanhã em que o sorriso possa retratar o dia a dia da Nova República.