A revolução digital e os factores energéticos, despertaram um retorno em busca de matérias primas, que colocam África num espaço vital para o desenvolvimento no mundo e tudo quanto envolve a Humanidade.
Mas qual África? É esta interrogação que coloca em alerta a UA e a SADC, porque há uma diversidade africana que forçosamente diverge nos seus objectivos. Terá a África Austral paralelismos com o MAGREBE? Terá a África Austral similitude objectiva com o Sahel? Egito, Líbia, Argélia, Marrocos, Tunísia, a Norte. Eritreia, Etiópia, Chade, Somália, Sudão, Mali, Djibouti, no Sahel. Nada têm a ver com a África Austral senão a partilha continental, mesmo as tradicionais relações e posturas internacionais não são normalmente coincidentes, daí a minha convicção que há na UA e na SADC bloqueios por falta de instrumentos mais abrangentes e incisivos na busca de compromissos com o desenvolvimento, Paz e uma justiça transfronteiriça aliada a uma Força Militarizada de Intervenção, que possam persuadir e contrariar aventureirismos que coloquem em causa a Democracia.
África Austral precisa urgentemente de uma Auto-Estrada transfronteiriça, de Ferrovias aliadas a Portos Marítimos, de companhias Aéreas capazes de promoverem turismo de massas, e com o tempo conseguirmos uma Moeda Única, grande passo que a Europa conseguiu atingir.
É um sonho? Poderá ser, mas quando o homem sonha o mundo pula e avança, somos a África que tem floresta, fauna, terras raras, rios com imensos caudais, praias paradisíacas, gastronomia natural, e uma diversidade de culturas que podem captar o mundo.
Porque não instalar em Luanda a Sede de uma EUAA (Estados Unidos da África Austral), neste momento João Lourenço grangeou um prestígio internacional que liderando a Lusofonia, pode lançar uma cruzada de integração de Nações unidas pela ancestralidade, abraçadas pelo sofrimento, e de mãos dadas caminhar em busca dos amanhãs que todos desejam.
Nas horas boas e menos boas, teremos de ser nós a valorizarmo-nos, uma criança de Angola, da RDC, de Moçambique, do Gabão, não pode contar com a mesma solidariedade de uma criança ucraniana ou palestiniana, enquanto não dermos as mãos, sobretudo enquanto deixarmo-nos dividir, seremos sempre esquecidos, fazemos de muitos outros ricos, e continuamos pobres. Haja pragmatismo, vontade de vencer, força para mudar a história, vamos valorizar as nossas terras raras.
Eu acredito…!!!