As realidades

ByAnselmo Agostinho

4 de Maio, 2024

Quem lesse o que os avençados das oposições jorram todos os dias para os espaços sociais, pensaria que não haveria qualquer liberdade de imprensa em Angola. Pior só a Coreia do Norte. E, no entanto, um relatório mundial sobre a liberdade de imprensa indica que a Angola subiu 21 posições para 104.º lugar no ranking da liberdade de imprensa dos lusófonos, passando da posição 125.º em 2023. É o país lusófono que mais subiu. E lá se vão as calúnias habituais dos avençados da oposição.

Afinal Angola está a fazer progressos na liberdade de imprensa, como aliás está a fazer progressos noutras áreas.

O problema é que existem duas realidades sobre Angola. A real, factual, e aquela que uma multidão de avençados pagos a peso de ouro transmite todos os dias pintando um país em retrocesso, desgraça e declínio imparável. Esta é falsa, mas impõe-se nas narrativas quotidianas.

Há aqui uma questão grave que é preciso inverter. O governo precisa de explicar mais e melhor, com factos e números, não da forma atabalhoada como ainda recentemente um secretário de Estado pareceu indicar que 95% dos jovens tinham casa própria.

A realidade já não se impõe por si, está cercada por uma nuvem de mentiras que a ofuscam. As pessoas têm medo de dizer que o governo faz bem, são rodeadas de insultos. Os avanços são escondidos, os aspectos negativos são empolados. Assim, o ambiente mediático é extremamente falseado e contrário ao governo. Que fazer?

Tem de haver uma grande ofensiva mediática do governo em todo o mundo, com factos, números, obras concretas, e devem ser evitados os erros e fugas de informação truncadas. Sem este esforço de comunicação e disciplina do governo, corremos o risco de apenas ter uma realidade inventada em que todos acreditam, e todo o trabalho que tem sido feito, deitado fora… O resultado é que daqui a uns anos teremos de novos as Isabéis, Kopelipas, Vicentes deste mundo a retomar o saque de Angola.