Quando não há verticalidade e identidade política nem dignidade intelectual, age-se a toque das conveniências ou clamor das dependências.
Muita gente interroga o silêncio sepulcral, completo ostracismo a que está votado o falecido ex-presidente José Eduardo dos Santos. Nada mais natural quando alguém tenta ocupar o seu lugar no reino dos vivos, atendendo à mesma postura, representando a mesma clientela.
A novidade e para muitos a surpresa, é que o herdeiro assumido é o líder da Oposição ACJ, que capturou a UNITA e abraçou os defensores dos saques e roubos, os que enriqueceram com fraudes, fugiram e estão a contas com a Justiça. ACJ é hoje o retrato do passado, está cercado de almas que buscam o enriquecimento rápido e ilícito, e por isso mesmo colide perenemente com as reformas e as instituições que resistem ao cerco.
João Lourenço escolheu a mudança, com todas as dificuldades da herança, optou pela Democracia, pela estabilidade económica, deu credibilidade ao país, e imprimiu um ritmo de desenvolvimento real e diversificado, que ultrapassou a herança envenenada que recebeu.
Não há crise institucional em democracia, há liberdade e transparência para accionar os mecanismos para resolver qualquer anomalia funcional, o ruído que extravasou fronteiras foi dos aproveitadores que de manhã dizem que a Justiça está corrompida, à tarde querem uma Amnistia, e à noite prestam contas a Isabel dos Santos, Manuel Vicente, Kopelipa, José Maria, e à falange externa a quem o Presidente da República silenciou.
ACJ é a extensão de Zédu, e a UNITA é hoje o que durante muito tempo foi o Futungo de Belas, mas a comunicação no mundo moderno já não esconde a realidade, e Angola está no trilho da modernidade, do progresso, e tem hoje como principal obstáculo a brigada do reumático acantonada no SOVISMO.