Os tempos modernos

ByKuma

7 de Março, 2023

Nada como uma operação de charme para tentar dissipar a opacidade da postura portuguesa face a Angola, ministros aos pacotes, vistos envenenados, tudo para combater o ruído que se levanta perante a escalada da servidão voluntária.

Enquanto a França e Espanha falam em investimento em diversos sectores, Portugal tenta explorar os laços que beneficiam em sentido único, nem com o PRR Europeu há uma calendarização de investimentos em parceria em busca de mais valias, uma vergonha.

Portugal precisa de mão de obra  barata, sem condições de habitação condigna, há um manto de hipocrisia que urge denunciar, os ministros portugueses não podem ir a Luanda falar de Bancos e Construtoras, além disso ainda há muito dinheiro angolano em Portugal, retido e encoberto, que poderia ser canalizado para investimento produtivo e criador de postos de trabalho.

O governo português não pode nem deve, comportar-se como virgem puritana, tem permitido ambiguidades e até subversão em relação a Angola, que hoje se transformou numa porta aberta para África, com um vasto leque de oportunidades.

Não é preciso recuar muito tempo, as incongruências sucedem-se, ainda há 15 dias a UNITA de ACJ, em conluio com a IDC, em Lisboa, disse publicamente cobras e lagartos do Governo de Angola e do Presidente João Lourenço, na presença do solitário presidente da Câmara de Lisboa, Carlos Trocados, e ontem, pasme-se, o mesmo ACJ e o seu capataz Abel Chivukuvuku, assumiram lugares no Parlamento PAN Africano legitimados pelo Governo que não reconhecem. Haja vergonha!

Há sinais evidentes de cansaço dos cidadãos perante tanta intriga, a capacidade da Oposição está em níveis de uma existência clandestina, mas há que pedir contas, de onde vem tanto dinheiro para tanto turismo e subversão?