Na perspectiva a curto prazo de um novo PGR, agitam-se os ânimos dos impunes e protegidos, os consultores movimentam-se e os apelos a solidariedades ancestrais assentes em cumplicidades partilhadas, veem à tona num frenesim até aqui adormecido.
Isabel dos Santos procura no Brasil abrigo que a proteja da possibilidade de extradição, há Estados que executam mandatos internacionais com base em crimes de sangue, terrorismo ou tráfico de droga, e tem aliados de peso com a vitória de Lula da Silva nas últimas eleições. Um jurista da corte de Isabel, crê mesmo que possa haver solidariedade de Lula, com quem a empresária tem ou teve negócios avultados.
Também Manuel Vicente, Kopelipa e Dino convocaram fiscalistas de renome para que através de impostos não haja buscas sobretudo dos Estados Unidos, onde sociedades como a Sonangol ainda tramitam nos tribunais americanos, envolvendo corrupção de biliões de dólares.
Perante estes cenários de pânico envolvendo os corruptos e seus familiares, pressupõe-se que não têm disponibilidade de se submeterem à Justiça Angolana, aliás todos eles têm várias residências domiciliadas, de Portugal ao Dubai, de Singapura a França, Espanha e EUA.
Com todo este frenesim há um dado novo que se coloca, a responsabilidade do que fez, ou não fez, o PGR Hélder Pitta Grós, para recuperar os ativos desta gigantesca fraude, há quem pondere uma traição à probidade anunciada pelo Presidente da República, sobretudo visível depois de 2019, com esplendor de incompetência ou conivência na sua ação em Espanha quando da morte de José Eduardo dos Santos.
Estranho, muito estranho mesmo, é o silêncio da UNITA e de ACJ em relação à fraude, nunca em momento algum foram para além da proclamação de perdão, o general José Maria é hoje um quadro influenciador do Galo Negro, já têm interesses partilhados, e comungam dos mesmo ódios de estimação.
Confirmado está, que a Sonangol e o Fundo Soberano, são grandes acionistas da GALP e do Millénium BCP, onde também há investimentos de Isabel, Vicente, Kopelipa e Dino, exige-se, portanto, que haja uma atenção muito grande da tutela angolana, porque também ninguém ignora a promiscuidade existente da representatividade.