Ao MPLA que infringiu uma tremenda derrota ao MPLA em Luanda quero dizer que na madrugada do dia 25 de Agosto, Adalberto da Costa Júnior reuniu com os seus apaniguados No Hotel Intercontinental, em Luanda.
No encontro estiveram presentes Abel Chivukuvuku, Filomeno Vieira Lopes, Álvaro Chicamuanga Daniel, Nuno Álvaro Dala, Muata Sebastião, Paulo Lukamba Gato, general Apolo, Marcial Dachala, Abílio Camalata Numa, Eugénio Manuvakola, Ernesto Mulato, Alcino Kuvalela e Agostinho Kamuanga.
Na reunião ficou decidido que as “redes sociais” e os Media amigos deviam publicar, de imediato, actas das assembleias eleitorais que “comprovam” a vitória da UNITA nas eleições de 2022. Também ficou decidido que a UNITA vai convocar uma conferência de imprensa e apresentar aos jornalistas gráficos com os falsos resultados de todo o país. Após o encontro com os jornalistas, essas actas falsas são entregues nas Embaixadas e aos observadores internacionais. A rápida divulgação dos resultados provisórios pela Comissão Nacional Eleitoral fez gorar parte do plano.
Outra parte, continua de pé e em execução. A partir de ontem, estão a ser organizados grupos de marginais políticos e políticos marginais para fazerem pressão nas redes sociais, rádios e canais de televisão. A palavra de ordem é exigir a imediata demissão do Presidente João Lourenço.
O estado maior da campanha da UNITA deu instruções a Agostinho Kamuanga e Helena Bonguela para mobilizarem jovens e mulheres a fim de se manifestarem amanhã, sábado, contra a “fraude eleitoral” e exigindo a demissão do titular do Poder Executivo. Chamam-lhe uma “manifestação nacional contra o MPLA para que não não abuse da população, tendo em conta os resultados preliminares que dão a vitória à UNITA”. Está explicado por que razão Adalberto da Costa Júnior, não reconheceu a derrota nem felicitou o partido vencedor, logo após a divulgação dos últimos resultados provisórios.
Os Media amigos hoje estiveram na sede do MPLA para “interrogarem” o Presidente João Lourenço. Ficaram muito frustrados porque foram atendidos pelo dirigente para a Informação, Rui Falcão. Mas queriam falar com o líder, bem sabendo que ele só pode falar quando o chefe da Oposição reconhecer a derrota, Não vai fazê-lo. A mulher da limpeza que a RTP mandou cobrir as nossas eleições, batendo com a chinela no chão e mão na anca, vociferava: Então o Presidente João Lourenço não vem falar connosco? Uma armadilha!
Adalberto Costa Júnior durante a reunião do Hotel Intercontinental contrariou os mais exaltados que exigiam sangue. Ele dizia que “temos de evitar mortes, mas fazer grande pressão para que João Lourenço se demita”. Esta “grande pressão” é vandalismo, terrorismo e atentados selectivos.
Abílio Camalata Numa ficou de contactar D. Afonso Nunes, da Igreja Tocoísta, para lhe pedir que convença o MPLA a aceitar a derrota eleitoral “em nome da paz”. Se este líder religioso não aceitar fazer esse papel (o que é seguro recusar) então recorrem aos bispos da UNITA. Muito provavelmente o arcebispo de Saurimo, José Manuel Imbamba.
Adalberto Costa Júnior continuou com os seus pares no Hotel Intercontinental, mas subiu ao nono andar. A reunião decorreu no segundo. A tropa de choque da UNITA está a postos no Complexo Sovsmo. Só precisam de uma ordem para iniciarem os desmandos.
Amanhã, sábado, está marcada a manifestação. Para não alertarem as autoridades, o Governo Provincial de Luanda não foi informado. É uma manifestação surpresa. O MPLA não pode continuar unido à Oposição contra o MPLA. Angola está em perigo. E há o risco muito elevado de ingovernabilidade. Cada um que assuma as suas responsabilidades.
Marcolino Moco já falou nas vestes de boca da UNITA. Diz algo curioso: Os resultados de Luanda são iguais aos do resto do país. Não fala em fraude (parecia mal) mas insinua que se a UNITA ganhou em Luanda, também ganhou nos outros círculos eleitorais.
Marcolino Moco era o primeiro-ministro do MPLA quando em 1992 o partido ganhou as eleições com maioria absoluta. Teve de dirigir um governo à prova de guerra porque Savimbi e seus sicários do Galo negro invocaram fraude eleitoral. Mal parecia que hoje Moco usasse o mesmo argumento só porque mudou de campo.
Mas habilidosamente diz que o resultado de Luanda é igual ao dos outros círculos eleitorais. Como não é, facilmente se chega ao que ele pensa: Houve fraude onde a UNITA perdeu. Meu amigo, aprendeste a lição em pouco tempo! Mais um para o coro da fraude.
Quanto a governar, só no dia de São Nunca à tardinha ou quando os galos tiverem dentes. Tanto dobrar da coluna vertebral, tanta pantominice, tanta falta de caracter para no fim o MPLA averbar uma maioria absoluta! Que desperdício de dignidade e de honra.