Entre o sonho, o compromisso e o equívoco, a UNITA/FPU e a liderança de ACJ/Chivukuvuku prisioneira das vontades das fugitivas Tchizé e Isabel dos Santos, assume uma postura premeditada face aos resultados eleitorais, mostrando o que são e ao que vieram.
A primeira nota de realce reside na perene postura de desvalorizar, denegrir, e arrasar com as instituições nacionais do Estado de Direito, sendo incompreensível não é nada novo, é a força da mentalidade clandestina a vir à tona na hora da ressaca.
Depois vem o sonoro uivar do lobo com pele de cordeiro, sempre e mais uma vez, na ausência de patriotismo ou nacionalismo racional, a exigência da dependência externa para legitimar a fraude que a própria UNITA/FPU fabricou, com Actas sofisticadamente alteradas, pagas a empresas especialistas que vivem à custa da sabotagem, credenciadas por uma comunicação social dependente e alienada a fundos clandestinos.
A UNITA/FPU e a seita do SOVISMO liderada por ACJ “Bétinho”, sabe melhor que ninguém a derrota que obteve, uma fatia significativa do Partido até está feliz pelo resultado alcançado, o Galo Negro engordou com o voto de protesto e a abstenção, esta é a razão da aparente contenção, mas a ideia insurrecional permanece através dos activistas e tal sociedade civil comprometida. Constata-se com frequência em Luanda, muita juventude que votou em ACJ mas não quer nada com a UNITA/FPU, e o MPLA, com a experiência que tem, sabe que é um eleitorado facilmente recuperável.
Mas há também um problema crónico dos kwatchas, os influentes da oligarquia déspota familiar que manda no Partido, adquiriram a sua posição na escala directiva pela via militar, são esmagadoramente generais analfabetos funcionais, conquistaram os seus privilégios na conflitualidade, e falta à UNITA/FPU uma elite pensante, daí a porta aberta aos ressabiados e oportunistas do MPLA, que rejeitados na mudança operada no rejuvenescimento do Partido, engrossaram o voto enganador em ACJ e a abstenção.
A CNE teve um desempenho surpreendentemente positivo, deveria ser motivo de regozijo de todos os angolanos, nenhum estrangeiro deve interferir na sua legitimação, seria assumir a esquizofrenia dos derrotados, e ceder ao capricho dos dissidentes e fugitivos que se auguram donos da verdade.
O dinheiro roubado, as promessas sedutoras, a clandestinidade emblemática, não podem denegrir um país que se comportou exemplarmente, esta dependência externa só agudiza incompatibilidades, levando o MPLA, com maioria absoluta, a assumir um distanciamento democrático e institucional da UNITA/FPU.
Talvez ficasse bem ao Presidente da República Portuguesa, na sua deslocação a Luanda no fim de semana, pedir desculpas públicas ao Povo Angolano, pelos disparates, agressões, e posturas neocolonialistas, de muitos jornalistas e paineleiros, que não se cansaram de lançar farpas ao MPLA e a João Lourenço, num claro desrespeito pela deontologia jornalística, e uma afronta aos laços culturais, linguísticos, de amizade e até de consanguinidade, que se deveriam traduzir em benefícios recíprocos.
Depois do êxito da CNE, que deveria orgulhar todos os angolanos, esperemos que todas as Instituições que tutelam o Estado de Direito democrático, não vacilem na autoridade para manutenção de Ordem e tranquilidade públicas.
Ninguém está acima da Lei.