A embaciada e o ignorante

ByKuma

26 de Agosto, 2022

É confrangedora a petulância egocêntrica da veraneante Isabel dos Santos, habituada a mandar com o dinheiro alheio, das relaxantes praias paradisíacas do Mediterrâneo, exigiu que a CNE parasse de brincar e anunciasse a vitória eleitoral da UNITA/FPU e de ACJ.

Este é um sinal do desespero que embacia o espelho e ilustra a arrogância prepotente que a levou para o refúgio do capitalismo selvagem, e que patrocina a cegueira que escurece a realidade que transforma o sonho em pesadelo. Isabel dos Santos é um elo da corrente que quebrou com a força do Povo lúcido, que não se deixou levar pelas lágrimas de crocodilo que choravam em iates de luxo e discotecas famosas, a morte do pai.

Ricardo Costa, director da SIC Notícias, surgiu emproado a comentar Angola sem conhecimento da realidade do país, é daqueles que pregam com moralismo saloio e neocolonial, como se Angola dependesse da sua análise para prosseguir o seu caminho. O irmão, António Costa, que alguns afirmam que governa Portugal como um “tirano ditador” com maioria absoluta, mas ninguém coloca entraves à sua legitimidade.

Dizer que Angola produz zero para além do petróleo e diamantes, não só é grave como imperdoável para quem quer comentar o país, é estar a leste de uma realidade que pode surpreender todos quantos se julgam iluminados, afinal em Portugal, em plena Europa, importa-se 70% do que se consome, e acciona várias vezes por ano o seu banco alimentar para socorrer a quem tem fome. Haja um pouco de vergonha!!!

Nada de estranho se passou nos resultados eleitorais, bastou estar atento à evolução sociológica do país, a UNITA/FPU recuperou os votos da CASA-CE de Abel Chivukuvuku, e o MPLA e João Lourenço pagaram a factura de ter protagonizado uma mudança profunda no Partido e no Governo, limpou os corruptos, aumentou a exigência, instalou a probidade, logo, portanto, criou dissidências visíveis que se repartiram na janela de abrigo oportunista da UNITA e na abstenção.

Este recomeço limpo, com ar fresco, vai impulsionar tempos novos, os cidadãos confiaram, o Estado de Direito não vacilou, no dia seguinte cada um agarrou-se á esperança reforçada, renascida, com a certeza de um amanhã novo para todos.

Não adianta tanto ruído, tanta verborreia, a razão silenciosa respondeu inequivocamente.