Último livro de Lopito Feijó engrandece Mulher africana

ByTribuna

5 de Março, 2022

Quase um ano após ter lançado a obra literária “Reuniverso Doutrinário”, Lopito Feijó, brinda-nos com mais um livro intitulado “Desejos & Doutrinárias Marintimidades”. Desta vez o local escolhido para a sua apresentação foi a cidade portuguesa da Póvoa de Varzim. Esta obra, prefaciada pela ensaísta e poetisa luso-moçambicana Ana Mafalda Leite, é um ensaio de poesia que faz parte da colecção “A Água e a Sede” da Modocromia Editora que numa primeira edição disponibiliza 750 exemplares para o mercado livreiro português.

Segundo Ana Mafalda Leite, “o livro de Lopito Feijóo na sua totalidade não se centra, pois, em casos acontecidos, mas justamente na imaginação disciplinada da causa amorosa e carnal, da experiência físico-emocional, reconfigurando-se em quase matemáticas proposições ou artefactos poéticos, situando-se o sujeito como observador, que muitas vezes irónica ou até sarcasticamente vai des(construindo)”.

Nesta obra literária, Lopito Feijó volta a focalizar-se no tema amor; o autor presenteia-nos com mais um livro de poesia de “amor profundo e adulto” em homenagem às mulheres com desejos, e sensibilidades e existência real. É uma homenagem com grande carga amorosa, erótica e não raras vezes sexualizada, exaltando as “melhores e mulheres maiores”, recorrendo por via dos sugeridos toques no corpo, o lado biológico e hormonal de sujeitos com os desejos carnais dos humanos dentre os quais se destaca a mulher africana sempre no centro das atenções, pela sua intrínseca beleza, condição de batalhadora e sofredora mas, dona de um grande poder de sedução e atracção sexual.

Lopito Feijó foi definido pelo professor e crítico literário Pires Laranjeira como sendo um poeta que “traz à cena do discurso um descomplexado ensejo de confrontar códigos e linguagens, por um processo requintado de (re)construção significante que é herdeiro directo e dilecto não só do modernismo e tradição vanguardista, mas do romantismo rebelde, apaixonado e revolucionário”.

Em 2021 foi galardoado com o Prémio Literário Guerra Junqueiro Lusofonia 2020, promovido no âmbito do FFIL – Freixo Festival Internacional de Literatura, que se realiza desde 2017 na vila de Freixo de Espada a Cinta, em Portugal.

Poeta, ensaísta e crítico literário, Feijó nasceu a 29 de setembro de 1963, no Lombo, província de Malanje. Mudou-se para Maquela do Zombo, onde viveu a infância, indo depois para Luanda, onde morou no Bairro do Cazenga, a partir da sua adolescência. Licenciou-se em Direito pela Universidade Agostinho Neto e é deputado (reformado) da Assembleia Nacional da República de Angola.