Myriam Taylor, activista de direitos humanos e anti-racismo, co-fundadora da Muxima Bio, reconhecida empresária de sucesso, já com nomeações da revista Forbes e ‘Business Insider’, vai ser a apresentadora/anfitriã de um novo programa de televisão em Portugal que promete gerar muita polémica. O programa em causa, vai ser estreado no próximo dia 16 de setembro na RTP 2 e terá um nome bem apelativo: “Jantar Indiscreto”.
Este formato inédito de programa, idealizado e produzido pela Muxima Bio Bv, vai receber quatro convidados em cada emissão semanal, tendo como cenário uma refeição onde serão abordados os mais variados temas que costumam ser considerados tabus pela sociedade. A ideia é colocar os convidados numa mesa de jantar e discutir várias temáticas, de forma intimista e sem quaisquer restrições ou preconceitos.
De origem angolana, Myriam Taylor vai dar a cara neste projecto televisivo, onde a maioria da equipa de produção será composta por mulheres negras. Quem são os portugueses? Segundo o nosso imaginário, qual a aparência de uma mulher cigana? Que estilo de vida associamos a uma pessoa gorda? Numa relação lésbica, alguém tem de assumir o papel de homem? Estas são algumas das questões abordadas, que irão fazer parte das conversas no “Jantar Indiscreto”. Entre as personalidades a estarem presentes no programa, sobressaem os nomes da Ministra da Justiça portuguesa Francisca Van Dunem, a actriz de etnia cigana Maria Gil, o médico negro Sascha Joffe, a activista transexual Júlia Pereira e Alexandra Santos, mulher negra e lésbica.
Este projecto vai de encontro ao que Myriam Taylor identifica como pilares base daquilo que defende há vários anos, igualdade e justiça. Acredita na construção colectiva de um mundo melhor que podemos co-criar e que não deixará de trabalhar enquanto não vir esse Novo Mundo alicerçado.
Num comunicado enviado à imprensa, a empresária realça que o programa pretende criar um ambiente intimista e com verdade. Num primeiro momento, o “Jantar indiscreto” introduz o telespectador na experiência social de questionamento de estereótipos, e encerra com um encontro surpresa entre quem responde às questões e quem vive na pele os preconceitos. No final, essas vivências vão ser debatidas à mesa numa conversa com a anfitriã.
O conceito deste programa já vinha a ser idealizado há algum tempo, aliás segundo Myriam, “este projeto começou a ser desenhado quando entendi que a riqueza das conversas que eu promovia nos jantares em casa não se deveria cingir a esse espaço”, contudo acabou por encontrar alguns obstáculos e atrasos na sua concretização, sobretudo devido às condicionantes provocadas pela pandemia.
Neste primeiro formato do “Jantar Indiscreto” contaremos com seis episódios em que os temas abordados serão a ciganofobia, a lesbofobia, a questão da legitimidade de alguns corpos políticos, a transfobia, a gordofobia e, por fim o racismo.