Tal como há dois anos, a bienal de Luanda, ocorrerá no período de 5 dias (4 a 8 de outubro), desta vez num formato híbrido – presencial e online. Organizado em conjunto pelo Governo angolano, União Africana e UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura), este evento à semelhança do primeiro, vai ser palco de um programa vasto de actividades.
A abertura oficial deverá ser presidida pelo Presidente João Lourenço, contando também com a presença de alguns Chefes de Estado africanos, como os Presidente da República Democrática do Congo, Félix Tshisekedi e do Congo Brazzaville, Denis Sassou Nguesso. Para além de responsáveis governamentais, teremos também representantes da sociedade civil, comunidade artística e científica e outras organizações internacionais, como por exemplo a União Europeia.
Nesta segunda edição está previsto como tema de abertura um diálogo inter-geracional de líderes e jovens sobre o tema “Diversidade Cultural e Patrimonial de África e das suas Diásporas: uma fonte de conflito ou um terreno fértil para a paz?” Os outros eixos da Bienal andarão em torno de ‘Fóruns Temáticos e Melhores Práticas’, ‘Aliança de Parceiros para uma Cultura de Paz em África’ e ‘Festival das Culturas’.
Esta iniciativa reforça a implementação dos Objetivos 16 e 17 da Agenda 2030 das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável (vai ser um palco de oportunidades de mostrar que é possível desenvolver vários programas em defesa do ambiente) e das 7 Aspirações da Agenda 2063 da União Africana, em particular a sua iniciativa “Silenciando as armas até 2033”. A Bienal também contribui para a implementação da “Estratégia Operacional para a África Prioritária (2014-2021)” da UNESCO, que visa fornecer respostas africanas às transformações que afetam as economias e sociedades do continente.
A bienal vai trazer ao país convidados de vários países africanos, da diáspora e de outras regiões que vão partilhar experiências de resiliência e resolução pacífica de conflitos. Devido à situação de restrições contra a Covid-19, uma das opções será a realização de conferências e debates entre nacionais e estrangeiros por via das plataformas digitais.
Este evento será certamente uma óptima oportunidade para demonstrar o potencial da juventude, que mais uma vez vai ser chamada a mostrar a sua criatividade nos mais variados segmentos da electrónica, desenvolvendo projectos com financiamentos baratos, mas capazes de ajudar as comunidades e o fomento de auto-emprego.
Por último, destaque para o ‘Festival das Culturas’ que neste contexto de pandemia ainda se torna mais relevante. Um pouco por todo o mundo as pessoas voltam-se para a cultura como uma fonte de consolo, solidariedade e conectividade.