China sediou fórum para acelerar o desenvolvimento de energia de baixo carbono

ByTribuna

7 de Setembro, 2021

No final da última semana, a China foi a anfitriã do “Fórum de Desenvolvimento de Baixo Carbono 2021” na cidade de Taiyuan, capital da província de Shanxi, no norte do país. Este evento que decorreu entre os dias 2 e 4 deste mês, ao contrário de alguns acontecimentos que são anunciados com pompa e circunstância, passou muito discretamente na maioria dos media, tanto nacionais, como internacionais. Contudo, este tema – fontes de energia de baixo carbono – pode constituir uma das bases mais plausíveis para que a diversificação da nossa economia não seja uma mera quimera (ver: o hidrogénio pode crescer em Angola –  https://tribunadeangola.org/?p=4556).

A propósito, o embaixador de Angola na China, João Salvador Neto, afirmou durante a sua intervenção, que o investimento chinês no sector de desenvolvimento de fontes de energia de baixo carbono pode ser uma das formas para apoiar o processo de diversificação da economia angolana. Para sustentar esta visão, lembrou que “Angola tem um clima tropical, sol em todas as estações do ano, rios caudalosos e ventos com potência necessária para o desenvolvimento de projectos no domínio de energias renováveis”. Esta apreciação de diversificação económica, deve ser adequada com o contexto actual da era digital a nível mundial, desta forma Angola estará aberta ao investimento privado no sector de energias renováveis, para agir em consonância aos desafios da industrialização e integração regional.

Embora o mundo inteiro esteja a enfrentar um cenário bastante atribulado e complexo devido à COVID-19, este fórum representa um lembrete de que não devemos negligenciar as questões de energia, clima e meio ambiente que exigem atenção e responsabilidade contínuas e que se devem procurar soluções comuns.

João Neto, assegurou também que Angola dispõe de uma estratégia nacional de biocombustíveis, para a transição energética das fontes primárias de energias fósseis para as de baixo carbono, tais como a hídrica, solar, biodiesel e eólica. Deu como exemplos a produção de etanol a partir da cana-de-açúcar, ou a construção de novas barragens hidrométricas de alta capacidade.

 A busca por energias de baixo carbono é uma preocupação de todos os Governos, e os seus executivos devem promover cada vez mais o diálogo e cooperação multilateral para que a transição de energias fósseis para as de baixo carbono seja uma realidade num futuro mais próximo, sublinhou o diplomata angolano.

Este Fórum internacional, sobre “desenvolvimento de fontes de energia de baixo carbono” contou com cerca de mil participantes, entre cientistas, políticos, peritos das Nações Unidas e do Banco Mundial, diplomatas, académicos e empresários.