No cerco os anões mentais puseram-se em bico de pés para parecerem grandes, a poeira assentou, o alvorecer da realidade clareou, e o fôlego que ocultava a cobardia institucional e até intimidatória, foi-se dissipando na ilusão contraditória que deu lugar à desconfiança.
Quem confia em quem?
Eis o dilema que dilacera os alicerces do sonho, do putativo consulado de Samakuva ao proselitismo do general Gato emergiu um fantasma criado por José Eduardo dos Santos chamado Adalberto Costa Júnior coadjuvado por Mihaela Weba, que em desespero vai deixando cair a máscara.
Movimentam-se como toupeiras nos esgotos da política, desejam um pantanal para chafurdarem, clandestinamente acotovelam-se no subterrâneo e nauseabundo nevoeiro tentando surpreender com oportunismo demagógico.
De Barcelona ao Dubai, de Luanda a Cabinda, da Lunda às florestas do Cuando Cubango, mobilizam-se inocentes e desatentos, frustrados e sonhadores, para conquistar o Poder, na UNITA ninguém acredita nas eleições, perderam sempre, e o ruído da vitória está a dar lugar ao velório antecipado ornamentado de fantasias renovadas, outras já foram sepultadas no cemitério dos sonhos.
Por muita retórica propalada minuciosamente elaborada, pelas nesgas identificadoras da postura verdadeira, escapam os desígnios da amálgama ficticiamente unida, os recentes acontecimentos no Afeganistão, na Guiné-Conacri, imediatamente tiveram eco direcionado para similitude em Angola, a agenda do Galo Negro rapidamente se actualizou na busca do objectivo.
A estratégia agora definida, onde vale tudo com todos, mesmo os improváveis, é romper o silêncio do Governo e particularmente de João Lourenço, a vitimização é uma arma planeada que está a gorar o seu efeito, o desespero instala-se, os protagonistas esgotam o arsenal da contra-informação, os sinais da diáspora desencorajam, as vozes críticas do MPLA não aderem à UNITA, não vêm no Galo Negro alternativa governativa, daí o repetido apelo à Sociedade Civil por parte de ACJ, ele mesmo sente a falência inexorável dos Kwatchas.