União Negra das Artes nasce em Portugal para defender os interesses dos artistas negros

ByTribuna

2 de Agosto, 2021

Acabou de ser criada em Lisboa, Portugal, a União Negra das Artes (UNA), uma organização não-governamental que pretende, segundos os seus mentores, agregar “uma comunidade negra livre das amarras de um sistema racista e opressor, é a união, através de organizações que possam constituir um elemento de pressão junto das entidades políticas e sociais. E que sirva sobretudo de rede de apoio ao desenvolvimento, crescimento e sucesso dos seus membros.”

A nova organização surge “após várias manifestações e debates em torno da reivindicação dos direitos humanos” e “no seio da luta antirracista em Portugal e na sequência das diversas manifestações e debates recentes em torno da reivindicação de direitos humanos, da descolonização do conhecimento e da valorização do legado artístico-cultural protagonizado por pessoas negras”.

Segundo o comunicado enviado pelos fundadores, estes estão “felizes por constituir esta associação, que visa defender os interesses específicos da negritude no setor cultural, tendo em conta as continuidades históricas do racismo colonial que, até hoje, mantém assimetrias profundas que dificultam a criação, a fruição, o acesso, a produção, a programação e, consequentemente, a representatividade negra no setor artístico em Portugal”.

MEMBROS DE VÁRIOS QUADRANTES

A UNA foi constituída por 35 membros da comunidade artística negra radicada em Portugal, como o performer e cineasta angolano Lubanzadyo Mpemba, as atrizes e apresentadoras televisivas Ana Sofia Martins e Cláudia Semedo, a atriz Cleo Tavares, a performer Melissa Rodrigues, o artista transdisciplinar Welket Bungué, a produtora e agente cultural Ana Tica, a ilustradora e mediadora educativa Andreia Coutinho, a artista Carla Costa Gomes, a escritora e ativista Gisela Casimiro e a fotógrafa Marta Machado, entre muitos outros.