Pérola é convidada especial da dupla Calema na mega-arena londrina O2

ByTribuna

16 de Julho, 2021

Pérola, nome artístico da cantora e jurista Jandira Sassingui Neto, de 38 anos, vai ser a grande surpresa do espetáculo em Londres, no próximo mês de novembro, da dupla musical santomense Calema, composta pelos irmãos António Mendes Ferreira e Fradique Mendes Ferreira.

A cantora formada em Direito pela Universidade de Pretória, na África do Sul, fará parte do espetáculo dos Calema, que deverá acontecer no dia 13 de novembro de 2021 na Arena O2, a maior sala multiusos da capital britânica.

Ainda se aguarda confirmação, mas a cantora natural da província do Huambo, que recentemente foi uma das juradas convidadas do programa de talentos All Together Now, na estação TVI, em Portugal, poderá marcar presença no concerto da mesma dupla a 11 de dezembro no Estádio dos Coqueiros, em Luanda.

Os Calema têm agendada uma digressão internacional que percorrerá as capitais da diáspora africana, em especial na Europa. A 9 de outubro estarão no Stadthalle Dietikon, em Dietikon, na Suíça, depois passarão por Londres e Luanda. A 8 de janeiro de 2022 atuarão no Coliseu do Porto, em Portugal, rumando seis dias (14/01) depois à capital, Lisboa, onde deverão lotar o Coliseu dos Recreios. A tournée termina no L’Olympia, em Paris, França, onde reside uma vasta comunidade africana, nomeadamente cabo verdiana e angolana.

A rainha do feminismo

Apanhada pelo programa de caça talentos Coca Cola Pop Stars, Jandira acabaria  desclassificada por não ser sul-africana, mas isso não a impediu de se tornar a cantora angolana de música popular, em especial da Kizomba, que mais discos vende no país. Com as suas músicas, Pérola tornou-se na voz dos direitos da mulher africana e há quem a classifique como “feminista”. Ela brinca com o epíteto e responde a sorrir: “Sim, mas uma feminista muito sexy”.

Os seus temas para o universo feminino, cantam a emancipação da mulher angolana: “Já não há desculpa! Podemos fazer tudo. Podemos ser mães, esposas e ainda trabalhar e fazer ‘n’ coisas. E temos essa capacidade. Por isso é bom chamar a atenção e dizer: ‘Nós podemos, nós podemos, mulheres, podemos!’. E se não nos derem esse apoio, podemos fazer tudo sozinhas”, defende, sendo talvez essa uma das razões do seu sucesso.