Isabel dos Santos através da sua assessoria de imprensa, de vez em quando, gosta de espalhar pelos vários medias internacionais uma imagem de vítima, asseverando que foi construída contra si e os seus protegidos uma grande cabala. O vilão da história acaba por ser invariavelmente João Lourenço. Vale tudo, desde que transmita para a opinião pública estar a ser vítima de uma grande injustiça, e os outros é que são uns malandros.
Neste último episódio, em que procura construir a narrativa que o governo angolano está envolvido numa conspiração de grande alcance, mais uma vez deparamo-nos com mais um caso de desinformação, a querer “atirar areia para os olhos” das pessoas.
O que salta desde logo à evidência do dossier, é que não estamos perante escutas, mas sim gravações ilegais sem qualquer profissionalismo.
Um outro aspecto importante que nos chama atenção é que todos os contactos ocorreram com pessoas fora de Angola, com destaque para Londres e Portugal, e de todas essas pessoas abordadas e citadas até agora, nenhum é membro do governo, mas sim familiares ou próximos de ex-membros ou actuais do Governo, que dizem que ouviram os seus familiares a dizer isso ou aquilo. Estamos perante o “ouvir dizer”, “achar que..”. Isto não vale nada.
E refira-se que em Portugal é um crime muito grave andar a escutar e gravar os outros. Isabel vai ter mais problemas com a justiça portuguesa. Na verdade, o grande objectivo é criar e alastrar desconfiança entre todos os angolanos, com jogos bem conhecidos de intriga, daí citarem nomes de supostas fontes.