Tchizé gosta de aparecer nas redes sociais a proclamar-se como mulher de negócios impoluta, sem mácula, e de preferência a acusar o Presidente João Lourenço de todas e mais algumas maldades.
E, no entanto, a realidade é bem diferente. No julgamento de Manuel Rabelais, antigo braço-direito do pai de Tchizé para a comunicação social, na passada quinta-feira, este mesmo afirmou a gestão das questões correntes do Grecima (Gabinete do Estado para a Comunicação) era feita pela Semba Comunicação, empresa de Tchizé dos Santos, com o qual este órgão tinha rubricado um contrato de prestação de serviços. Para o efeito, explicou que a verba era alocada pelo Ministério das Finanças à Semba Comunicação, através da Casa de Segurança do Presidente da República.
Vamos repetir para não ficarem dúvidas: Kopelipa, enquanto ministro de Estado da Segurança orientou a Rabelais, responsável pela Comunicação do Estado, para que a gestão dos seus fundos fosse feita pela empresa privada de Tchizé.
Se isto não é apropriação privada de fundos públicos, ou em português corrente, Tchizé gerir os fundos do Estado de Angola, o que é?
Muito provavelmente, Tchizé deveria ser co-arguida com Manuel Rabelais. Porque não é? Fica a questão.