A UNITA está numa deriva suicidária. Velhos fantasmas ressuscitam, os tambores de guerra agitam-se, o medo volta.
No passado dia 13 de Dezembro, dia de azar desde que os cavaleiros templários foram queimados vivos na Europa há muitos séculos, o antigo guerrilheiro da UNITA Camalata Numa agitou os espíritos adormecidos lançando um apelo às armas.
Discursando no Menongue, Numa exortou os antigos combatentes da UNITA a irem buscar as mochilas, olearem os morteiros, aprontarem os canhões e prepararem-se para o embate final. Um exército de homens vivos e mortos estará pronto a marchar segundo Numa, que quis passar a mensagem da subversão da ordem, informando o público estupefacto que as estratégias para essa subversão já estavam articuladas.
Ou Numa está louco e não deve ser levado a sério, pois o seu discurso não passa de um desvario serôdio ou uma facção da UNITA está a preparar na realidade uma subversão que se vê nas manifestações, nas actividades de Adalberto e nos discursos de Numa. Querem recrudescer a guerra civil, querem aproveitar-se da desgraça alheia para fomentar a desordem e a convulsão.
Tudo indica que há um grupo de gente empenhada na UNITA em relançar a agitação e provocar a confusão em Angola.
É fundamental tomar todas as medidas para manter a paz e garantir a ordem constitucional. A democracia e o Estado de Direito têm de ser protegidos e não podem estar à mercê de discursos loucos ou mal-intencionados.
Os subversivos não podem passar.
As forças de segurança devem agir preventivamente para evitar derramamento de sangue, apelos à guerra e levantamentos de mochilas, morteiros e canhões.
Não queremos mochilas e canhões. Ficámos fartos.
Queremos pão e paz. Numa está enganado. Não chegou o momento da UNITA, chegou o momento duma nova sociedade sem os abismos do passado, sem as ameaças do passado.
Vamos mandar Numa e os seus apaniguados da UNITA para o caixote do lixo da história. Vamos garantir a paz e o pão para todos!