Similitudes e Consequências

ByKuma

31 de Maio, 2025

Os últimos 50 anos foram pródigos em consequências políticas, derivadas de posturas e narrativas políticas que desmentem a perenidade de espaços conquistados, e neste rol histórico de acontecimentos há idiossincrasias intrinsecamente ligadas ao cinquentenário da Nossa Independência Nacional.

Os Partidos comunistas de Espanha, França, Itália e Grécia, que gravitaram à volta do Poder, sucumbiram ao voto popular democrático. Para a história ficaram nomes como Santiago Carrillo de Espanha, George Marchais de França, e Enrico Berlinguer de Itália.

Tivemos os Partidos socialistas, todos eles foram governo, em França com François Mitterrand, em Itália com Bettino Craxi, e hoje desapareceram de cena, também através do voto popular democrático.
Em democracia onde o voto do Povo em liberdade é soberano nas suas opções, é das urnas que emerge a legitimidade do Poder, e a alternância advém dessa mesma vontade dos cidadãos, não existe em nenhuma democracia no mundo plasmada a alternativa obrigue a uma mudança de governo, mais ainda, existem as maiorias que consagram o Poder inequívoco.

Fiz esta introdução baseada em democracia consolidadas, para lastimar a visita de Nelito Ekuikui a Portugal, onde desfilou um somatório de absurdos, tentando denegrir João Lourenço, quando ele próprio como analfabeto político funcional, confundiu democracia e vontade popular, com a vez da UNITA ser Poder confundindo a realidade com a ficção que possa levar o Galo Negro à governação.

A UNITA e os seus satélites estão a constituir-se na serpente das sete cabeças, já vai em quatro, ainda faltam três, é um fenómeno que ainda vai sobrevivendo até implodir como um fantasma, e passará à história como uma farsa que um dia algum poeta irá romancear.

Mas ouvindo o bacharel tirano psicopata mentiroso ACJ “Betinho”, o seu tutor Lukamba “Miau” Gato, e os seus capatazes, há uma pergunta que precisa ser feita e que necessita de uma resposta clarificadora.

Desde a sua fundação Jonas Malheiro Savimbi, liderou até morrer a UNITA; todos quantos questionaram a sua liderança e o rumo da tirania que sustentava o Galo Negro, foram mortos, sendo assassinados todos os familiares para que futuramente não pudessem reivincar ou vingar o assassinato dos pais; é esta democracia que a UNITA quer intalar em Angola?

Mais do que tudo quanto qualquer jornalista possa escrever, ninguém substitui a silenciosa sabedoria popular, e ela sabe, ela conhece, ela padeceu, ela não esquece a veia sanguinária que espalhou o medo e o terror por onde passou, e não há na UNITA quem não saiba desta verdade, daí não queiram eleições e tentem chegar ao Poder com os artifícios mais subversivos.