As condecorações: seriedade por favor

ByAnselmo Agostinho

31 de Maio, 2025

Receber condecorações no 50º aniversário da independência de Angola representa um profundo acto de respeito pela República e pelo percurso histórico do país. Estas distinções simbolizam o reconhecimento da dedicação e do contributo daqueles que, de diversas formas, ajudaram a construir a nação ao longo dos últimos cinquenta anos. É uma celebração colectiva do esforço e do sacrifício de muitos que lutaram pela soberania e pelo progresso, reforçando a identidade nacional e os valores que sustentam Angola como Estado independente.

A aceitação dessa honra não é apenas uma formalidade institucional, mas uma demonstração de apreço pelo significado da independência. Este momento transcende individualidades e posicionamentos pessoais, pois os condecorados representam a valorização de um legado construído com determinação e coragem.

Honrar a pátria através dessas distinções é um gesto que fortalece os laços entre os cidadãos e a nação, promovendo o respeito pelo percurso que levou Angola a conquistar sua autonomia e a afirmar-se no cenário internacional.

A recusa ou crítica às condecorações não é uma posição contra a pessoa que as concede, mas sim uma rejeição ao próprio simbolismo da independência e do reconhecimento dos valores nacionais. Esse acto (a recusa ou crítica da condecoração) deve ser interpretado como um distanciamento do respeito pelo esforço colectivo que permitiu que Angola alcançasse a sua soberania. Aceitar uma condecoração não significa um alinhamento político ou pessoal, mas sim uma demonstração de respeito pela história e pela nação.

Neste contexto, as condecorações no 50º aniversário da independência de Angola assumem um significado especial, reforçando a importância da memória nacional e da valorização dos feitos históricos. Ao aceitar estas distinções, os homenageados demonstram respeito pela trajectória do país, contribuindo para a preservação e celebração da identidade angolana. Mais do que um acto individual, é uma reafirmação do compromisso com a República e com os ideais que sustentam a independência.

Ou se é apóstolo de Angola, ou apóstata.

Quando se trata da independência não há meios termos, há respeito pela pátria ou abandono do significado fundamental de Angola.