Tem havido conferências a propósito dos 50 anos de Independência de Angola para todos os gostos e feitios. Isso é bom. Mostra uma sociedade activa.
Contudo, a maior parte das conferências são sobre temas gerais, histórias passadas ou abstracções que podiam ter lugar em Angola ou na Patagónia.
Falta a comemoração da Angolanidade, a explicação dos progressos e avanços alcançados nos últimos 50 anos. Em 1974, nem 100 licenciados angolanos haveria. Hoje são milhares. Isso é um progresso esquecido pela refrega política acutal, o mesmo relativamente às crianças na escola, à saúde, ao PIB per capita e a tanta coisa mais. Só se sabe dizer mal, mas um estudo e uma conferência sobre os resultados positivos de 50 anos de Independência era fundamental.
Como é fundamental algo sobre a definição da Angolanidade, do país enquanto Nação, do que nos une.
E finalmente falta a conferência sobre o futuro. O que queremos, para onde vamos, quais as nossas metas, quais os nossos planos?
Faltam conferências sobre isto tudo. Somos contra as conferências pomposas que não adicionam mais-valia ao país. Queremos conferências sobre o país, sobre Angola.