Coma sem Retorno

ByTribuna

20 de Maio, 2025

Em política o que parece é, e não vale tudo, por ignorância ou maldade confunde-se o espaço representativo e institucional democrático, com a dignidade pessoal, atingindo-se muitas vezes um ponto de ruptura, que provoca um estado coma irreversível.

É normal a diversidade de opiniões, é saudável a discussão de ideias, temos até um Parlamento onde o confronto muitas vezes ultrapassa algumas balizas, mas os protagonistas nunca devem perder a face, nem entrar em questiúnculas pessoais que ultrapassam o plasmado pela vontade popular expressa democraticamente.
Mas em Angola um associativismo concertado subversivo, que se coloca numa postura falta e sabotadora das instituições, de onde emergem paralelamente narrativas insultuosas, falsas, meticulosamente ensaiadas em coro, atingindo inadmissível o foro pessoal e familiar de quem com dedicação representa o Estado.

Mas pior do que ter uma face sem credibilidade, é ter inexoravelmente duas faces manhosas, não se pode ter um pé dentro e outro fora, é impossível estar bem com Deus e com o diabo.

A UNITA, no percurso da sua existência tem sido pródiga em apresentar-se consoante o vento da oportunidade, está no seu ADN uma doentia megalomania que a faz sonhar alto, e de seguida, junto à meta, dar com os burros na água, este desiderato fez escola e é matriz de onde emergem líderes com a estampa do Galo Negro, e temos disso hoje exemplos claros, o bacharel tirano psicopata mentiroso terrorista ACJ “Betinho”, e os narcisista Abel Epalanga Chivukuvuku, que começou por apresentar publicamente uma lista de convidados ilustres para o seu Congresso, que nem sequer representantes mandaram, disso me deram conta Mariana Mortágua, Nuno Melo, André Ventura, e sei que nenhum filho de Jonas Savimbi, não só não virá como tem de Chivukuvuku um conceito igual ao meu.

Ainda assim, para não perderem os laços afetivos e familiares, descendentes da nomenclatura déspota familiar do Galo Negro, contemporaneos na Jamba, far-se-ão reprersentar.

Estamos perante a iminência de Congressos electivos, não se vislumbram mudanças, democracias simuladas para venderem na feira das vaidades, mas no essencial toda e ferrugem permanecerá porque nada muda para que tudo fique igual, ou seja, em estado coma sem aproveitamento reciclável, o que obriga ao esforço da Democracia para que os angolanos não percam a Liberdade.