No fogo cruzado entre as milícias fracassadas, constatamos na hora das justificações um atraso assustador, no que são e no que querem ser. Há muito que toda a Oposição em Angola não tem uma identidade política filosófica, todas elas buscam emprego e caminho fácil de acesso ao Poder. Bastou o Senhor Presidente da República abrir uma porta, logo se instalou o alvoroço que transformaram as diferenças ocultadas na Oposição numa arena de gladiadores que armas e baionetas tentaram demarcar o seu espaço, mas que no ruído, deram conta de estarem todos acantonados na bolha da cegueira e do ódio.
Lembram-se das exigência autárquicas? Lembram-se da fraude eleitoral? Lembram-se da submissão à China? Lembram-se do rótulo comunista? Lembram-se de todas as intrigas e insinuações contra João Lourenço e Fernando Miala? Lembram-se ainda quando José Eduardo dos Santos, as filhas Isabel e Tchizé, Kopelipa, Dino, Nandô, eram os maiores ladrões de Angola, causadores da miséria e fome que assolava o País?
Lembram-se dos discursos inflamados, enlouquecidos, hilariantes, do bacharel tirano psicopata mentiroso terrorista ACJ “Bétinho”, acusando o MPLA de abrigar todos os males do mundo?
Bastou uma porta aberta, bastaram duas horas, tudo ruiu como castelo de cartas, como estátuas na areia. Na Oposição multiplicaram acusações, ruíram grilhetas e zangaram-se sentinelas, e sem querer até o PRA-JA, apareceu a reivindicar o espaço de liderança da Oposição, demarcando-se definitivamente da UNITA.
Mas o mais curioso foi constatar os nefelibatas desesperados, num hino à demagogia néscia, surgem agora a criticar para preencher o vazio, a aproximação aos Estados Unidos da América, à União Europeia, e a não comparência de Angola nos festejos russos do 9 de Maio.
É lamentável tanta previsibilidade desastrosa, aqui mesmo perspectivamos há muito, que a UNITA e toda a sua estrutura nunca quis as autarquias nem sequer eleições, o Galo Negro é uma força militar sem armas, e morreu a partir do momento em que o mundo já não suporta aventureiros belicistas, mesmo porque Angola desfruta hoje em dia do estatuto de País Democrático, com regular funcionamento do Estado Democrátio de Direito.
Não tarda teremos de seguida a falência dos ditos ativistas avençados, já estão a entrar no campo da saturação, já são tidos como oportunistas pagos para dizer mal, sem qualquer preparação política nem capacidade intelectual, e a cada dia que passa escutamos a conquista do silêncio, que João Lourenço alimenta com mestria, e que chegará a 2027 mais forte que nunca.