Não sei se choro se dou gargalhadas, não sou nem acredito em bruxos, mas estava escrito em todas as estrelas e em todos os relatos de amigos que me chegavam, que a UNITA em pedaços quer despedaçar os outros para transformar Angola num abismo.

Agora, perante os factos que nos invadem à velocidade de um míssil, instala-se a dúvida se Adalberto Costa Júnior não se vendeu a João Lourenço, porque a continuar assim o líder do MPLA chegará a 2027 sozinho.

Segunda feira temos FPU, terça feira temos PRA-JA, quarta feira temos BD, quinta feira temos UNITA, sexta feira abraçam-se todos, sábado convidam os proscritos corruptos santistas, ao domingo zangam-se todos e acabam aos tiros uns aos outros.

Na UNITA Lukamba “Miau” Gato e Eugénio Manuvakola cozinham o veneno, Marcial Dachala serve na catequese, o desfigurado Adalberto Costa Júnior zangado quer bater no Trump porque não lhe liga nenhuma, e Kamalata Numa avisa que ainda está vivo e que se for preciso esfola o Abel Epalanga Chivukuvuku, que perdido porque o MPLA não lhe dá cavaco, já está a ver que o PRA-JA, está a fugir-lhe das mãos.

Kamalata Numa até está acordado, mesmo como analfabeto político funcional, perdido no emaranhado de moribundos, veio a público afirmar que Rafael Savimbi daria um bom presidente para o Galo Negro. Deu um coice no bacharel ACJ “Betinho”, tentou seduzir a família Savimbi, o mesmo que colocar-se na ala de Isaías Samakuva que, seguramente, irá liderar para salvar a UNITA, dando-lhe um cunho civilizado e dialogante para que lhe seja emprestada dignidade e honorabilidade democrática.

Poderá parecer precipitado ou até abusivo, mas o mundo não pára e o tempo passa, mas Angola para não perder o élan que o Senhor Presidente da República deu ao País, face aos desafios que cada vez mais se agudizam no mundo, devemos nós, cidadãos, incentivar a busca de uma via que faculte, legal e democraticamente, a continuidade de João Lourenço para lá de 2027, dando tempo, também, para uma Revisão Constitucional.

Parece loucura, estou velho e cansado, atravessei os últimos 50 anos de Angola, conheço de perto, convivi, partilhei, com muitos dos protagonistas posicionados, que foram e outros que querem ser, que seriam um desastre para ferir o rumo que é visível agora.

Nada do que está agora a acontecer está fora do que previ nos meus escritos que estão vivos com 40 anos de idade, e é com o receio do que prevejo se houvesse uma mudança de sensibilidade governativa, que me leva a apelar para que não deixemos que os aventureiros entrem em cena.

Já vertemos demasiadas lágrimas, já choramos muitos entes queridos, todos temos sonhos adiados, mas somos uma Pátria jovem, e a história, para que nos sintamos parte dela positivamente, é urgente não ter pressa.