Os desafios da modernidade obrigam-nos a queimar etapas que a todos incomoda, foram duas gerações perdidas no simulacro de um desenvolvimento que apenas enriqueceu umas dezenas de figurões insaciáveis, e infraestruturas fundamentais planeadas, anunciadas, simuladas, para darem cobertura a um endividamento meticulosamente saqueado, com tudo por fazer.
Venderam-se durante 15 anos um somatório de facilidades, a juventude sem preparação embriagou-se no sonho da riqueza interminável, e hoje, é também ela, vítima dos vícios que esse logro lhes proporcionou. É fácil vender facilidades, prometer ilusões, mas a vida sempre foi construída com esforço, dedicação, com um tempo para cada fase da construção, já não há milagres.
É possível escalarmos um tempo novo, João Lourenço acreditou, poderia escolher o caminho mais fácil, efémero, sustentando a desgraça e adiando o País, mas cedo traçou outro destino, com verdade, com determinação, com as limitações que a herança lhe deixou, com a Oposição e os saqueadores a dificultar o caminho, mas hoje nos jornais sérios do país e do mundo, Angola já não enche as páginas da desgraça e surge de igual para igual com o parceiros do mundo desenvolvido e democrático.
Esses sinais desabrocham diariamente no nosso horizonte intramuros, nos sectores social, intelectual e empresarial, as nossa Pérolas são pentacampeãs africanas de andebol, a moda e a música angolanas brilham no espaço global, e já temos uma rede de autocarros dedicados ao turismo, que liga para já Luanda, Malange, Lunda, Lunda Norte, com conforto e serviço ao nível do melhor que há. Brevemente expandir-se-á para o Cuanza Sul, Bié, Huambo, Benguela, Huíla e Namibe, são os pioneiros agarrando as oportunidades.
Também de imediato, fruto da cooperação com os EUA, vamos ter em Angola em parceria, um Observatório de Sustentabilidade dos Mares, quer para o pescado, quer para a navegabilidade, vão formar-se quadros técnicos de gabarito únicos em África, é tudo mais valias que enriquecem o consumo e encurtam caminhos culturais, o Senhor Presidente da República não pode ocupar-se do buraco na estrada, da telha partida na escola, isso são problemas para quem não tem ideias do que é governar, e em democracia o caminho que todos devemos encurtar é o que vai do Chefe de Estado ao Povo e vice versa.