O que falta em Angola

ByTribuna

27 de Novembro, 2024

Não chegamos ao ponto de Não Estado como a Guiné Bissau ou a Serra Leoa, mas durante 40 anos houve uma efervescência política sem que tivéssemos criado uma elite nacionalista,que em qualquer circunstância pudesse segurar a Nação do ponto de vista histórico e intelectual, que pudesse liderar uma Sociedade Civil.

Ao contrário tivemos elites apodrecidas, que incutiram nos cidadãos uma ideia de corrupção e fraude, esmagando todos quantos podiam contrariar esse desiderato, sobrando até hoje a ideia do roubo sem que alguma coisa tenham produzido em Angola.

Essa é o grande confronto com João Lourenço, desde 2017, e reforçando em 2022, soube em simultâneo com o desenvolvimento sustentado, a preocupação de promover uma vanguarda nacional que sustente com substrato, desde a exigência universitária ao investimento no Espaço, e termos em Angola gente capaz de liderar a transição energética sem, no entanto, nunca esquecer os mais desfavorecidos, numa preocupação social, obrigatoriamente limitada por falta de recursos.

Ainda assim, o Senhor Presidente da República, com um passo de cada vez, com as prioridades a seu tempo, vai consolidando a democracia, é o garante da liberdade, e sem sobressaltos tem o Estado cada vez mais estável e previsível, com reconhecimento internacional.

É lamentável que não haja nesta fase crucial, condições para uma partilha com a Oposição, ela exclui-se de todo o Processo, mergulhada que está na sua implosão, sem que se preveja uma mudança para breve, visto estar em cacos com ameaças entre os grupos fragmentados transformando o palco num carnaval permanente.

Temos agora a visita do Presidente dos Estados Unidos da América, é uma oportunidade para boas parcerias  empresariais, Joe Biden não virá de mãos vazias, há muito em Angola que os americanos desejam explorar, no turismo o nosso país pode dar condições raras no mundo, floresta e mar, deserto e rios que nascem e deságuam em Angola, tem ainda muitos desafios naturais que proporcionam aventuras sem igual.

2025 vai ser um ano decisivo para desafios como os de Isabel dos Santos, Manuel Vicente, General Dino, há um consenso internacional para colocar fim aos crimes de colarinho branco e desvios de Fundos do Estado.

A renovação do Parlamento, a activação de uma nova Procuradoria Geral e Tribunais, são um percurso e uma exigência nos próximos tempos, essa é a Reforma em que João Lourenço não pode vacilar, quando já conquistou os cidadãos que dele esperam e confiam nos amanhãs que virão.