Encruzilhadas

ByKuma

24 de Novembro, 2024

Já ninguém terá dúvidas que os arruaceiros e saqueadores tudo irão fazer para que haja simultaneidade da instabilidade em Angola e Moçambique, para o conseguirem têm de ressuscitar uns, e tirarem definitivamente as máscaras os outros, impulsionados pela negligência de operadores da democracia que estão ausentes e alheados do país em que vivem e do governo a que pertencem.

A Assembleia Nacional é o lugar de excelência para que se debata política e as suas diversidades, mas não há iniciativa, nem mesmo da Maioria Absoluta que suporta o Senhor Presidente da República, o Parlamento deveria ser o espaço em que a Oposição deveria ser colocada no seu lugar, e já deveriam ter fechado a porta e dizer “BASTA” ao carnaval e desrespeito que os cidadãos assistem estupefactos, protagonizado pelo Grupo Parlamentar da UNITA. Por que é que ainda não houve uma Moção de Confiança ao Governo?

Há também o irritante caso da justiça, e se perguntar não ofende, há respostas que gostaríamos de ter, por palavras ou actos, do nosso PGR, Héder Pitta Grós. Será ele um Procurador ao serviço da Justiça, ou um elemento santista camuflado no cargo? É que até poderá vir a ser altamente perigoso para João Lourenço, basta que no momento certo por acção ou omissão faça de vítimas que a justiça tanto tem protelado e transformá-los em heróis da vitimização.

Mas há também os elementos que têm um pé em cada estação para mudarem o comboio da conveniência, assim como as interferências externas que se avolumam a todo o instante. 

Está claro que não podemos valorizar aquilo que factualmente está em escombros, mas no mínimo, em defesa do Estado de Direito Democrático, a Ordem Pública tem de ser assegurada mesmo de forma mais musculada, não podemos vacilar com retrocessos na marcha da Nova República, em democracias muito mais avançadas e antiga que a nossa, em circunstâncias idênticas, foram dissolvidos Parlamentos e até marcação de uma Eleição Geral Constituinte, creio que há unanimidade na necessidade de uma Nova Constituição.

Mesmo reconhecendo a boa governação de João Lourenço, mesmo sentindo a valorização que deu à nossa cidadania, sugiro humildemente, que seria oportuna uma intervenção através de todos os orgãos de comunicação, dirigida a todos os angolanos, creio que seria bastante positivo.