Rafael Marques veio mais uma vez a terreiro pensando que escreve para um país de imbecis, ao nível do idiota em que ele mesmo se transforma para poder usufruir de privilégios de dividir a sua vida entre Luanda e Lisboa alienado aos que saquearam Angola e que hoje, sem vergonha, falam em democracia.
Rafael Marques não é nenhum tolo, por isso mesmo torna-se perigoso, ele sabe que com estes escritos, colhe excelentes aplausos e não só, junto da seita onde ele parece ter entrado com os dois pés, porque como bom camaleão, sempre soube ter um pé fora e outro dentro.
Foi ele que recebeu uma medalha do Senhor Presidente da República, é ele que sabe ou deveria saber que João Lourenço quer e está a mudar o País, e como ninguém, sabe que tem de mudar também o MPLA, não foi ele que criou o Sistema vigente, só que Rafael Marques, de repente, foi acometido de uma estranha cegueira assente em interesses que há muito deixaram de ser obscuros.
Qual é a alternativa a João Lourenço e ao MPLA? Do que vale ter um candidato só ou ter cinco candidatos e saber antes de tudo quem é o vencedor? É esta democracia de opereta que Rafael Marques quer em Angola?
Abel Epalanga Chivukuvuku cria um Partido político, o PRA-JA Servir Angola, como se fosse uma empresa em que ele é o sócio majoritário, é esta democracia que Rafael Marques defende como alternativa ao existente? É uma UNITA completamente fragmentada, em escombros, racista, tribalista, separatista, que deveria governar Angola?
Porque Rafael Marques, que tem a varinha de condão, que é o supra sumo da inteligência não funda um Partido, ou se filia num existente e se submete ao escrutínio para servir o País? Tem medo, e porque nem uma freguesia tem no seu curriculum, nem governar é ir para as televisões falar mal do país, como a porta que teve sempre aberta na SIC pela via do Mário Crespo.
A única novidade é o facto de Rafael Marques ter com este escrito, coincidido com a sinfonia ruidosa que começou com a UNITA no Parlamento, e passou por sucessivos papagaios todos na mesma direcção, e o que todos eles têm é uma grandíssima dor de corno, porque contra ventos e marés João Lourenço vai desmontando com êxito, todas as narrativas de uma elite apodrecida que não consegue sair do lodaçal nauseabundo em que estão atolados, cada vez mais sentindo a indiferença dos cidadãos.
João Lourenço, hoje tido como um estadista em África, partilhando grandes palcos onde se discute o futuro, não inventou nem criou nada que possa valer a seu favor, é cumpridor de todas a regras que herdou, mesmo com as que não concorda, é fácil quando há liberdade, insinuar ou usar o escárnio, mas há uma coisa que Rafael Marques não disse para não se trair a ele próprio: Qual é a alternativa a João Lourenço?
Admito que a seita em que Rafael Marques veio agora defender esteja farta de João Lourenço,mas é por demais evidente que o Povo está cada vez mais cansado e farto destes abutres “capuchinhos vermelhos”.