Não foi apenas o Mangope

ByKuma

15 de Novembro, 2024

Vieram a público informações que descrevem com minúcia, uma das múltiplas histórias do curto período inquisitorial de Lukamba “Miau” Gato, família e assessores.

Foram julgamentos sumários, execuções por contabilizar, e uma luta pela posse do garimpo, ganha pelo “Miau” e seus mais próximos. O auto intitulado herdeiro de Jonas Savimbi ganhou o garimpo, mas perdeu a UNITA inapelavelmente para Isaías Samakuva, os militantes revoltados vingaram-se nas urnas para se livrarem do medo e da escravidão, daí repetidas vezes eu aqui afirmar que Lukamba “Miau” Gato jamais vencerá qualquer disputa livre e democrática no Galo Negro. Acresce que nomeou todos os irmãos generais, recebem reformas como tal, tendo um deles recebido 120 milhões de dólares para construção de uma obra no Cuando Cubango, até hoje inacabada.

Ainda hoje, a troco de comida, tem no garimpo uma equipa de escravos voluntários, controlado pelo seu capataz de confiança, o Justo, que manejam os geradores, as máquinas do crivo, as bombas de água, e os 5 Unimogs para acessar aos locais mais recônditos.

Lukamba “Miau” Gato tem realmente uma fortuna, apoderou-se da casa do Presidente da UNITA no bairro da Vila Alice, tem uma mansão de luxo e viatura de alta gama em Joanesburgo, África do Sul, e dispõe com a atual esposa uma rede de comércio clandestino que passa pelo Dubai, Paris, Istambul, e Luanda. Mais que um caso político, é indubitavelmente uma caso de polícia.

A Fortuna arrecadada fez dele o estratega da UNITA, infelizmente política e intelectualmente é uma nulidade, não por acaso ligou-se a Manuvakola e Jardo Muekália.

Para quem tanto gosta de abandalhar as instituições, fragilizar o Estado, e vive ansioso por ver o Poder na rua, o comportamento infantil do Grupo Parlamentar da UNITA pode ter sido uma ordem sua, a mim já nada me espanta tanta leviandade, eu diria mesmo que há motivos para que o Senhor Presidente da República dissolva o Parlamento e convoque umas eleições constituintes, visto que há quase unanimidade para uma profunda revisão constitucional.

Levar o carnaval para as bancadas da Assembleia Nacional sem que houvesse imediatamente uma Moção de protesto contra o comportamento da Oposição, mostra, também, que há algo que não está bem na Casa da Democracia.