As revoluções, como os vulcões, têm os seus dias de chamas e os seus anos de fumaça. Por muito que se propaguem slogans alucinantes, só se fazem revoluções com o povo, uma família, um grupo mesmo trajado de Partido, apenas pode provocar tumultos.
No decurso da implantação da Nova República, já entendida internacionalmente, falta uma ação interna cada vez mais com perspectiva musculada, o nepotismo descarado na UNITA, e a postura cada vez mais evidente dos saqueadores que se julgam donos do País, o Estado deve agir com autoridade de Direito Democrático, é sempre melhor ter uma Democracia em evolução do que uma ditadura perfeita.
Angola vive declaradamente com uma força de bloqueio ao seu desenvolvimento, as incertezas insinuam instabilidade, e há setores que não se compadecem com adiamentos, o turismo é um deles, as infra-estruturas precisam de sustentabilidade, senão fecham e degradam-se.
Eu não acredito que na UNITA ou no MPLA haja alguém capaz de desafiar João Lourenço, em 2017 José Eduardo dos Santos e todos os marimbondos saqueadores estenderam o tapete vermelho ao Senhor Presidente da República, pensando que seria um camarada porreiro que iria deixar a impunidade esconder os ladrões e corruptos, e os do Galo Negro pensaram que a mama dos créditos bancários a fundo perdido iria continuar a financiar as empresas de fachada com que enriqueceram.
O problema é que ambos deram com os burros na água, aflitos acotovelaram-se no lodaçal e tentam salvar-se com ruído, e os cidadãos atentos, honestos e trabalhadores, deixaram-nos cair, e a realidade açoita cada vez mais clamor de justiça.
Até 2027 há tempo para que o tempo dê tempo à razão, há não muito tempo tiravam fotos em Paris, Bruxelas ou Nova York, agora tiram-nas nos hotéis em Luanda, não tarda tiram-nas trancados em casa.
Mais de metade dos deputados eleitos pela UNITA, têm a certeza que jamais serão reconduzidos numa próxima legislatura, a bancada está já a fragmentar-se, não tarda haverá Maioria para uma Nova Constituição, completar-se-á a Nova República.
Eles e os outros, em família, que se entendam.