Biden em Angola: choros e ranger de dentes

ByAnselmo Agostinho

14 de Setembro, 2024

A notícia saiu sexta-feira por volta das 8.00 da noite: O presidente Joe Biden está a planear uma viagem a Angola nas próximas semanas, cumprindo uma promessa anterior que o tornaria o primeiro chefe de estado dos EUA a visitar a África subsaariana desde Barack Obama em 2015, disseram três fontes familiarizadas com os planos. A viagem, que ainda está a ser finalizada, provavelmente ocorrerá após a reunião da Assembleia Geral das Nações Unidas em Setembro e antes da eleição presidencial de 5 de Novembro, disse uma das fontes.

As oposições têm andado entretidas a inventar crises em Angola, a criar divisionismos, a apresentar putativos candidatos presidenciais e a insistir numa narrativa tóxica sobre a realidade angolana, que nada tem a ver com a verdade.

Apanham agora com o Presidente americano a honrar o povo angolano, como nunca. A confirmar o acerto da política segura e tranquila de João Lourenço.

Vão berrar que a China vai ficar zangada. Ora a China já devia ter percebido os sinais. E o sinal fundamental é que tem de negociar a “dívida odiosa”, aquela que pela sua opacidade permitiu que fosse desviada por angolanos e chineses corruptos. Em vez disso, a China imita a Rússia, entretendo-se a fazer posts denegrindo o Corredor do Lobito e as opções estratégicas de João Lourenço.

Esta não é a China amiga de Angola. É uma China fora da tradição de Deng Xiao Ping. A esperança é que a China e Angola percebam o novo impulso estratégico que têm de dar às suas relações.

Outros vão falar nos direitos humanos em Angola. Mais outra falsidade. Angola, neste momento, é um dos países de África onde há mais liberdade. Veja-se a vizinha República Democrática do Congo, onde acabam de ser condenados à morte várias pessoas por causa de uma tentativa pouco clara de golpe de Estado. Pelo menos, uma delas nada tem a ver com assunto e não havia qualquer prova. Isto sim, será atentado aos direitos humanos. A oposição angolana que ollhe para a RDC, para o Uganda, onde o líder da oposição foi atingido a tiro, e depois veja a tolerância democrática que existe em Angola.

O grande problema da oposição é que criou uma narrativa falsa, que repete e repete, mas que nada tem a ver com a realidade, e por isso, no final, perde sempre.